O policial militar Henrique Otávio de Oliveira Veloso, denunciado pelo assassinato do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo Pereira do Nascimento, de 33 anos, esteve em mais dois locais após o crime. Veloso está detido no presídio militar Romão Gomes por homicídio doloso por motivo fútil.
Imagens de câmeras de segurança divulgadas na noite deste sábado, 13, pelo SP2, da TV Globo, mostram Veloso na recepção na boate Bahamas Hotel Club em Moema, bairro de São Paulo. Segundo informações mostradas na comanda do militar, ele consumiu uma garrafa de uísque, duas águas de coco, duas latas de energético e duas doses de gin, totalizando um gasto de R$ 1,6 mil.
Ainda segundo as imagens divulgadas pelo canal, o militar deixou o local uma hora e 59 minutos depois, a mesma câmera registrou a saída de Veloso, mas desta vez acompanhado por uma mulher. que seria uma garota de programa.
Ele também se dirigiu a um motel nas proximidades, acompanhado e só saiu do local no dia seguinte, às 16h26.
Veloso se entregou na corregedoria da Polícia Militar em São Paulo no domingo à noite e foi encaminhado ao presídio Romão Gomes, onde segue detido temporariamente por 30 dias, a pedido do Ministério Público.
A missa de sétimo dia da morte de Lo acontece neste domingo,14.
Veja o vídeo:
RELEMBRE O CASO:
Na madrugada do dia 7 de agosto, último domingo, o campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Pereira do Nascimento, conhecido por Leandro Lo, foi baleado na cabeça após imobilizar o policial militar Henrique Otávio de Oliveira Veloso, em uma casa noturna no bairro de Indianópolis, na zona sul de São Paulo.
Segundo informações, o PM pegou uma garrafa de bebida alcoólica da mesa de Leandro, fazendo insinuações e xingando. O atleta não gostou da atitude do homem e o imobilizou no chão para tentar conseguir a garrafa de volta. Assim que pegou a garrafa, Leandro pediu para o homem ir embora. O mesmo assentiu e disse que iria deixar a festa, mas deu dois passos para trás e deu um único tiro na cabeça do atleta.
Lo foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Arthur Saboya, mas não resistiu. A morte cerebral do atleta foi confirmada horas depois.