O Aeroporto Maestro Wilson Fonseca, em Santarém, amanheceu fechado neste sábado (30) devido à baixa visibilidade causada pela densa fumaça de queimadas que tem encoberto a cidade. Desde a meia-noite, a visibilidade no local está abaixo dos limites mínimos para operações visuais e, às 9h, o terminal também suspendeu as operações por instrumentos.
Todos os voos programados para esta manhã estão suspensos até que as condições climáticas melhorem e a fumaça se dissipe para níveis considerados seguros. A reabertura dependerá de uma melhora na visibilidade, que deve ser suficiente para garantir a segurança das operações aéreas.
Crise ambiental e saúde pública
Santarém enfrenta um grave problema ambiental há mais de 45 dias. Desde 18 de outubro, o céu da cidade amanhece tomado pela fumaça de queimadas que afetam a região Amazônica e outras áreas atingidas por seca e condições climáticas extremas. O odor forte de fumaça tem preocupado os moradores, enquanto diversos bairros permanecem encobertos durante o início das manhãs.
A situação reflete os incêndios florestais que se intensificam devido à combinação de altas temperaturas, baixa umidade e a prática de queimadas ilegais. Além de prejudicar a mobilidade aérea, a fumaça também compromete a saúde da população, aumentando os casos de problemas respiratórios.
Impacto no cotidiano
O fechamento do aeroporto agrava os transtornos para moradores e visitantes, que já enfrentam dificuldades de deslocamento e convivem com os efeitos da poluição no dia a dia. Especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas mais eficazes para combater o desmatamento e prevenir queimadas, que vêm impactando não apenas o meio ambiente, mas também a infraestrutura e a qualidade de vida na região.