RESUMO: Dois policiais militares se tornaram réus por constrangimento ilegal e ameaça após abordarem de maneira agressiva um grupo de adolescentes em Ipanema, incluindo três jovens negros, filhos de embaixadores do Canadá. A abordagem foi capturada por câmeras de segurança, que mostram os policiais chegando com armas em punho e colocando os adolescentes contra a parede.
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Dois policiais militares que abordaram de maneira truculenta um grupo de adolescentes em Ipanema (RJ), três deles negros, no dia 3 de julho deste ano, se tornaram réus e vão responder por constrangimento ilegal e ameaça.
Os três adolescentes negros são filhos de diplomatas do Canadá, Gabão e Burkina Faso. A decisão é do juiz Leonardo Rodrigues da Silva Picanco que aceitou as denúncias contra os oficiais, identificados como Luiz Felipe dos Santos Gomes e Sergio Regattieri Fernandes Marinho.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que os policiais realizaram a abordagem chegando com armas em punho e colocando os jovens contra a parede. A mãe de um dos meninos brancos que estava no local, Rhaiana Rondon, acusou os policiais de terem feito uma “abordagem desproporcional, racial e criminosa”.
DENÚNCIA
Segundo o portal Estado de Minas, após os policiais não terem encontrado nada durante a revista, o policial Luiz Felipe, chegou a dizer para as vítimas ficarem atentas e que “Não deveriam sair de casa nesse horário e que, na próxima revista, poderia ser pior”, destaca trecho da denúncia.
INQUÉRITO DESCARTOU RACISMO
Em agosto, a Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (DEAT) da Polícia do Rio de Janeiro concluiu, após a conclusão das investigações, que não houve crime de racismo por parte dos policiais.
A defesa alega que, momentos antes da abordagem truculenta, um turista teria noticiado um roubo aos PMs. O inquérito apontou que a abordagem aconteceu por conta da descrição fornecida pelo denunciante.
