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Secretário da educação afirma que iniciou diálogo com indígenas e aponta greve ilegal dos professores

O Secretário da Educação do Estado do Pará, Rossieli Soares, se pronunciou nesta terça-feira, 17, em contato com o BT e afirmou que um diálogo com os indígenas que ocupam a sede da Secretaria de Educação (Seduc) já foi iniciado por meio de uma comissão criada pelos povos indígenas. 

No vídeo enviado a redação integrada do BT Mais, Rossieli afirma que a circunstância está sendo tratada para negociar com os indígenas: “O governo se colocou à disposição para o diálogo, os povos indígenas criaram uma comissão para fazer essa diálogo, essa discussão e a gente iniciou, recebemos ontem uma pauta que passamos, então hoje vamos estar pela manhã enquanto o governo discutindo os pontos para que a gente possa dar uma devolutiva para eles para continuar com esse diálogo e esperamos avançar bastante no dia de hoje”, afirmou.

Rossieli afirmou que uma regulamentação para a garantia do sistema de ensino SOMEI está sendo discutida para reanimar a comunidade: “Eles estão pedindo uma regulamentação, uma legislação que garanta obviamente isso e a gente está discutindo em como fazer para atender e também, obviamente, provavelmente uma criação de uma comissão e tem uma série de outras pautas que serão revistas comunidade a comunidade, inclusive algumas ampliações, algumas coisas que o governo já está planejando para poder fazer”, diz o secretário.

Soares também aponta que a greve dos profissionais da área da educação é entendia como ilegal por terem feito pagamento dos direitos garantidos dos profissionais, afirmando que o início das aulas em janeiro se mantêm: “O ano letivo está mantido, dia 27 começam as aulas e a gente está à disposição para um diálogo, mas obviamente a greve nós entendemos que é ilegal no sentido. Nós já pagamos todos os direitos garantidos a todos os profissionais e a gente vai continuar avançando e investindo em todos eles.”

VEJA O PRONUNCIAMENTO

ENTENDA O CASO

A manifestação dos povos originários contra a Lei N° 10.820/2024 está acontecendo desde a última terça-feira, 14, quando a sede da Seduc foi ocupada. Os indígenas afirmam que a manifestação vem com o objetivo de manter o Some. 

Na última quinta-feira, 16, profissionais da rede estadual de educação entraram em greve em apoio à causa indígena para que a Lei N° 10.820/2024 seja revogada, além da saída de Rossieli do cargo de secretário da educação.