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Mortes de detentos após supostas overdoses por droga ‘K’ dentro de presídios são investigadas

A morte de treze detentos de presídios de Ribeirão das Neves, em BH, são investigadas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp). A suspeita é que as mortes foram decorrentes de overdoses, após uso da droga sintética “K”.

De acordo com a pasta, sete pessoas que cumpriam pena no presídio Inspetor José Martinho Drumond morreram nos últimos dez dias. Outros seis óbitos foram registrados entre os meses de dezembro de 2023 e março deste ano.

As chamadas “drogas K”, conhecidas nas ruas como K2, K4, K9 e spice, são substâncias sintéticas, desenvolvidas em laboratório, com alto potencial destrutivo. 

A Sejusp informou que aguarda os laudos periciais, e que os presos “não apresentavam lesões aparentes”.

DROGAS K

Apesar de também terem se popularizado como “maconha sintética”, especialistas apontam que elas não devem ser chamadas assim porque isso pode trazer uma falsa ilusão sobre a forma perigosa como elas agem no corpo.

Drogas K causam efeito zumbi.

De acordo com Fernanda Bono Fukushima, professora e membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares de Cannabis (NEICANN) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a preocupação em não chamar as drogas K de “maconha sintética” passa pela discussão em torno da cannabis medicinal e da forma mais agressiva como as K atuam no organismo.