Manifestantes protestam na noite desta quinta-feira (13), na Avenida Paulista, em São Paulo (SP) contra o projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio. Também há protestos em Brasília, no Rio de Janeiro, e em outras capitais brasileiras.
MULHERES NA LUTA
Mulheres se reúnem na Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra o projeto de lei que equipara o aborto a um homicídio. pic.twitter.com/GV2LnqmmzK
— BT Mais (@belemtransito) June 14, 2024
Os gritos de guerra eram direcionados ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que fez uma votação relâmpago nesta quarta-feira (12), e aprovou a tramitação em regime de urgência. Com isso, o projeto será votado diretamente no plenário da Casa sem passar por análise de comissões relacionadas ao tema do projeto.
- provoque o aborto em si mesma ou consente que outra pessoa lhe provoque; pena passa de prisão de 1 a 3 anos para 6 a 20 anos
- tenha o aborto provocado por terceiro com ou sem o seu consentimento; pena para quem realizar o procedimento com o consentimento da gestante passa de 1 a 4 anos para 6 a 20 anos, mesma pena para quem realizar o aborto sem consentimentos, hoje fixada de 3 a 10 anos.
Lira declarou a matéria aprovada depois de 23 segundos de maneira simbólica. Os manifestantes gritam: “Fora, Lira!” Os cartazes diziam “Criança não é mãe!”.
Os manifestantes, em sua maioria mulheres, interditaram a Avenida Paulista, em frente ao Masp, no sentido Consolação, em SP. Às 18h45, todas as faixas estavam ocupadas.
No Rio de Janeiro também houve protestos contra o projeto na Cinelândia.