Seis artistas da grafitagem começaram a fazer intervenções artísticas da “Galeria de Arte Urbana de Belém”. O projeto pretende colocar cor e defender a sustentabilidade nas estações troncais do BRT: Tapanã, Maracacuera e São Brás.
A ação também terá uma galeria de arte fixa no terminal do BRT do Mangueirão. O projeto foi apresentado nesta quarta-feira, 19, na Estação do BRT Tapanã, onde os painéis internos já estão finalizados.
GALERIAS DE ARTE URBANA NO BRT
O projeto é patrocinado pela Equatorial Pará, por meio da Lei Semear de incentivo à cultura, do Governo do Estado, e conta com o apoio da Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural de Belém.
A bragantina, Danoelly Cardoso, responsável por um dos murais internos da Estação do Tapanã, aponta que o trabalho dela conversa com as temáticas regionais e ambientais. “Como sou uma ribeirinha de Bragança, eu gosto de valorizar a nossa fauna, os nossos personagens e é isso que a minha obra apresenta aqui nesse espaço”, explica a artista.
Para conversar com a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), a temática das obras são relacionadas à defesa do meio ambiente e à valorização das cores, temáticas e personagens regionais. Todos os temas retratados nos painéis, de alguma forma convergem com o que será discutido durante a Conferência internacional a ser realizada em Belém, em novembro de 2025.
O painel da artista, Mama Quilla, busca atrair o público para interagir com a arte, favorecendo a valorização da beleza regional. “Eu vou pintar parte do chão e fazer uma vitória-régia, onde as pessoas possam se sentir dentro da tarde, e mostrar o quanto é rica a nossa cultura e nossa natureza e a importância de preservá-la”, explica Mama Quilla.
ARTE URBANA
Fazer com que os locais de transbordo dos passageiros se tornem galerias de arte, a arte promove um ambiente diferenciado, além de valorizar e embelezar a cidade para aqueles que também passam pelas vias. “Aqui tem uma intervenção artística para quem descer do ônibus mesmo cansado, ser recebido por uma obra de arte na parede, para fazer uma foto, interagir com a arte”, explica a presidente da Fundação Cultural do Município de Belém, Inês Silveira.
As intervenções fazem parte do projeto de cidade que a atual gestão municipal defende, por isso os investimentos e apoios às iniciativas culturais como Samboulevard, Seresta do Carmo, à realização dos cortejos do Arraial do Pavulagem, entre outros movimentos culturais.
“A cultura é direito do povo e a arte é parte da busca pela cidadania plena. Por ser direito do povo, a arte tem que ser viabilizada por quem ama a cidade. Trazer essa arte para o espaço frequentado pelo povo é fazer com que faça parte da vida de todos. O povo que passa fome não vai até uma galeria de arte, mas aqui ele convive com a arte e todos respeitam os grafites e murais. O povo se apropria do espaço e da arte”, assegura o prefeito Edmilson Rodrigues.
A expectativa é que até o começo de julho todos os murais internos e externos das três estações troncais e a galeria do Mangueirão sejam concluídos.