A Polícia Civil do Amazonas indiciou 11 pessoas após concluir o inquérito do caso Djidja Cardoso, ex-Sinhazinha do Boi Garantido, que morreu no dia 28 de maio, em Manaus. A mãe e o irmão de Djidja serão indiciados por tortura com resultado de morte.
A operação investigou a existência de uma seita religiosa fundada pela família de Djidja, que seria responsável por tráfico e incentivo do uso de substâncias anestésicas como ketamina e Potenay. Segundo a CNN, o delegado Cícero Túlio informou que os envolvidos na seita foram presos por diversos crimes, como tortura com o de tráfico de drogas.
VEJA A LISTA DE CRIMES:
- Tráfico de drogas;
- Associação para o tráfico;
- Perigo para a vida ou saúde de outrem;
- Falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais;
- Aborto provocado sem consentimento da vítima;
- Estupro de vulnerável;
- Charlatanismo;
- Curandeirismo;
- Sequestro e cárcere privado;
- Constrangimento ilegal;
- Favorecimento pessoal;
- Favorecimento real;
- Exercício ilegal da medicina;
- Tortura com resultado morte.
Ainda segundo as informações divulgadas pela CNN, o grupo pretendia montar uma clínica veterinária para facilitar o acesso aos entorpecentes e medicamentos de uso controlado, além de fundar uma comunidade para que fossem seguidas as doutrinações da seita.
Além da mãe e irmão de Djidja, estão presos funcionários do salão de beleza da família, o ex-namorado da empresária, o coach e ex-personal trainer da família, e dois funcionários de uma clínica veterinária suspeita de fornecer a cetamina para o grupo.
A Justiça do Amazonas concedeu prisão domiciliar à maquiadora Claudiele Santos da Silva, ao maquiador Marlisson Vasconcelos Dantas e à um dos funcionários da clínica veterinária apontada como fornecedora de cetamina para a família de Djidja.
A seita era liderada tanto por Djidja quanto pelo ex-namorado, Bruno Rodrigues; a mãe, Cleusimar Cardoso; e o irmão, Ademar Cardoso. Também existia envolvimento de funcionários, que foi comprovado por meio de conversas em aplicativos de mensagens.
RELEMBRE O CASO:
Dilemar Cardoso Carlos da Silva ou Djidja, como era conhecida, morreu na casa onde morava, no bairro da Cidade Nova, em Manaus. Ela era a Sinhazinha do Boi Bumbá Garantido na festa de Parintins.
A suspeita da Polícia é que a morte da personalidade teria sido causada por uma overdose de Ketamina. Familiares denunciaram que pessoas próximas de Djidja praticavam crimes, além de rituais usando substâncias ilícitas na residência da falecida.
A operação Mandrágora da polícia investigou práticas ilícitas e ilegais como o uso da substância Ketamina, utilizada como anestesia e acabou prendendo o irmão e mãe da ex-Sinhazinha.