O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio do promotor de justiça Cézar Augusto dos Santos Motta, ofereceu na última sexta-feira, 28 de junho, a denúncia contra o influenciador Gleison Pereira Soares, conhecido como ‘Mago das Unhas‘, pelos crimes de calúnia e denunciação caluniosa.
Entenda o caso
O influenciador responde pela prática ilegal de divulgação de jogos de azar, conhecido como “Jogo do Tigrinho”, no qual havia sido proposto pelo MPPA um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP). No entanto, o influenciador não compareceu para formalizar o acordo, no qual visava sanar o crime de menor gravidade e desobstruir o volume de processos na justiça.
Diante da ausência, o acusado publicou um vídeo nas redes sociais acusando o Delegado de Polícia, Arthur Nobre de Araújo Sobrino, por perseguição. Desta forma, a promotoria entendeu que, ao invés de cooperar com a Justiça, o influencer optou por publicar o vídeo.
Entenda o inquérito policial
O procedimento administrativo foi aberto para apurar as práticas de jogos ilegais no qual o influenciador responde que, inclusive, teve a prisão preventiva decretada e libertado no dia seguinte.
Atualmente, o influencer responde também por desacato, no qual segue preso no sistema penitenciário, após ser flagrado realizando manobras perigosas com o carro na faixa de areia em Salinópolis.
Sobre o vídeo
Nas imagens, o ‘Mago das Unhas’ também citou em conversa com outra influenciadora envolvida na divulgação de jogos de azar, o nome de um magistrado que teria exigido o valor de R$ 300 mil reais para que ambos fossem libertos. No entanto, o influenciador também afirma que o valor seria dividido com o Ministério Público e/ou dois juízes.
O MPPA afirma que ‘Mago das Unhas’ se confundiu em sua própria versão, não apresentando nenhuma prova sobre as afirmações. Ainda segundo o MPPA, a influenciada citada em Boletim de Ocorrência, declarou às autoridades que as afirmações alegadas pelo influenciador nunca aconteceram.
A Promotoria de Justiça ofereceu denúncia contra o influenciador pelos seguintes crimes:
- Calúnia (Artigo 133 do Código Penal) com agravante por ser propagado pelas redes sociais (Artigo 141 do Código Penal);
- Denunciação Caluniosa (Artigo 339 do Código Penal);
O advogado de defesa do influenciador, Marco Pina, informou nas redes sociais que está aguardando as formalidades da denúncia para apresentar defesa.
*Matéria realizada com informações do Portal MPPA.