Em reviravolta histórica, a esquerda venceu as eleições legislativas na França, neste domingo, 7, liderada pela coalizão Nova Frente Popular, formada por uma aliança de partidos de esquerda. Eles conquistaram 182 assentos na Assembleia Nacional do país, equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil, mas não obtiveram maioria das cadeiras e terão que formar novas alianças para governar.
O pleito apresentou 60% de participação dos franceses, sendo o maior percentual dos últimos 40 anos.
Junto com o Centro, que conseguiu 168 cadeiras, o Reunião Nacional, da extrema direita, ficou em terceiro, com 143. O partido de Marine Le Pen havia vendido o primeiro turno e tinha conseguido sair na frente dos concorrentes, mas fracassou no segundo e definitivo turno.
Nas redes sociais, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, celebrou a vitória da esquerda francesa e lembrou da recente vitória da esquerda britânica, que escolheu um político da ala trabalhista como o novo Primeiro-Ministro do Reino Unido:
Já o governador do Pará, Helder Barbalho, disse que é um dia de reafirmar os ideais de igualdade, fraternidade e liberdade, ressaltando que deve-se comemorar que a “luz venceu a escuridão”:
FUTURO NO PARLAMENTO FRANCÊS
Com o resultado da eleição, o parlamento francês pode enfrentar um grande impasse com a divisão em três grandes grupos — a esquerda, os centristas e a extrema direita, que têm plataformas extremamente.
O pleito que aconteceu neste domingo corresponde ao segundo turno das eleições legislativas. Segundo a mais recente projeção do Ministério do Interior da França, divulgada às 12h de Brasília (17h no horário local), o comparecimento às urnas estava em torno de 60% do eleitorado, participação sem precedentes para um país onde o voto é facultativo e costuma ter engajamento muito maior na votação para o Executivo.
COMO A ESQUERDA VIROU O JOGO?
Em parte, houve uma cooperação entre a aliança centrista do atual presidente Emmanuel Macron com a esquerda, com a finalidade de neutralizar a ascensão da extrema direita, que havia vencido o primeiro turno da eleição parlamentar. A constituição francesa determina que não poderá haver nova eleição parlamentar por mais um ano, logo, a repetição imediata da votação não é uma opção.
O presidente francês ainda não se pronunciou nas redes sociais após a vitória da esquerda contra a extrema direita.