A 76ª edição da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) continua com uma vasta programação na Universidade Federal do Pará (UFPA) até o dia 13 de julho.
O stand Diálogos Amazônicos Oceânicos tem atraído grande atenção no evento com sua abordagem educativa e interativa sobre a preservação do meio ambiente marinho. Com diversas atividades e projetos, o stand incentiva a população a conhecer e preservar os ecossistemas aquáticos da região amazônica.
A programação diversificada do stand abrange múltiplas disciplinas, englobando áreas como biotecnologia, engenharia de pesca, geologia costeira, oceanografia e direito ambiental. Essa abordagem transdisciplinar coloca em foco a importância da conservação marinha em diferentes contextos científicos e sociais.
Um dos principais destaques é a coleção impressionante de exemplares da biodiversidade marinha, permitindo aos visitantes conhecerem mais sobre as espécies aquáticas, plantas e microrganismos (terrestres e aquáticos), que habitam a região amazônica, como peixes, camarões, caranguejos e apresentação da vida microscópica, com foco em cianobactérias e microalgas. É uma verdadeira viagem no tempo, mostrando a riqueza e a diversidade da vida marinha ao longo dos milênios.
Iniciativas que conscientizam
Além disso, o stand apresenta a atuação do Projeto Escola Azul em escolas dos municípios costeiros ou não, como o Clube Azul, da escola Francisco Nunes, de Maracanã, no nordeste paraense. A iniciativa aproxima e incentiva os estudantes a terem uma maior consciência sobre o oceano e o impacto dele em nossas vidas, por meio de atividades práticas e teóricas que envolvem desde a biologia marinha até a sustentabilidade ambiental oceânica.
A Olimpíada do Oceano (O2) é outro projeto educacional que envolve instituições de ensino em todo o país, para estimular e ampliar a visibilidade da educação e das ações socioambientais, perto ou longe do mar. A O2 é uma oportunidade de aprendizado colaborativo e de transformação positiva da educação.
Os visitantes também podem participar de atividades lúdicas e educativas, a exemplo da pescaria, voltada especialmente para o público infantil. Nela, as crianças retiram os lixos jogados no oceano como forma de demonstrar as consequências do lixo para o meio ambiente aquático e para a saúde humana, despertando nelas o interesse pela proteção do meio ambiente.
Para ajudar na compreensão das diferenças entre a água do mar e a água doce, o stand oferece uma simulação dos processos hidrodinâmicos nos ambientes estuarinos, ou seja, mostra como a água salgada, que é mais densa (pesada), se comporta em relação à água doce, que é menos densa (leve). Além de experimentos para visualizar os diferentes tamanhos de grãos de areia e salinidade da água.
A Rede de Coleções Didáticas e Científicas de Lixo Marinho (RECOLIXO) oferece uma coleção didático-científica de lixo marinho, destinada a sensibilizar as comunidades sobre a poluição oceânica, como uma forma de alcançar os objetivos da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, incluindo a redução da poluição marinha conforme a Agenda 2030 da ONU.
Programação da reunião anual da SBPC
A programação da 76ª Reunião Anual da SBPC segue nesta quarta-feira, 10, no campus Guamá da UFPA, em Belém. O tema central desta edição é “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”.
Confira a programação completa aqui.
