Um mês antes do acidente aéreo da última sexta-feira, 09, o piloto Danilo Romano havia aberto um relatório sobre um incidente com fogo no motor de uma aeronave da mesma companhia.
Danilo é uma das 62 vítimas da queda do avião da VoePass, ocorrido na cidade de Vinhedo, em São Paulo. Segundo o Portal Leo Dias, o piloto explicou em documento enviado em 8 de julho, que não existia um kit hidráulico para despachar a aeronave.
“O comissário me chamou para avisar que estava percebendo um cheiro estranho e, logo em seguida, me confirmou que o propeller [hélice] estava girando e o motor estava pegando fogo”, diz um trecho do começo do documento.
Em outro, ele fala que o “comissário confirmou a existência de fumaça saindo da parte dianteira do motor”. Além de que, ainda em documento, Danilo destaca que o mecânico não relatou qualquer anormalidade e a comunicação entre eles era apenas via sinais visuais, em decorrência do mecânico não ter headset para comunicação via intercom.
Outra aeronave da mesma companhia também teria tido problema com um dos pneus, no qual havia estourado durante o pouso, no entanto, esse caso não foi documentado.
Danilo não estava escalado para voo
Segundo um amigo do piloto, Danilo não estava escalado para trabalhar no dia do acidente. O voo saiu de Cascavel, no oeste do Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Em depoimento ao programa Brasil Urgente, Guilherme Baccar, afirmou que Danilo estava de folga. “Na terça ele me mandou a escala dele, ele não estava escalado nesse voo, estava de sobreaviso e acionaram ele para que ele fosse convocado para este voo e aconteceu o que aconteceu”, contou.
“Ele estava feliz que havia sido promovido e virado comandante, ele fazia um trecho para o interior, então a gente falava disso, ele cada hora estava em um canto do Brasil. Estávamos combinando de sair e não deu tempo”, disse.
*Matéria realizada com informações do Portal Metrópoles.