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Ribeirinho resgata boto em perigo devido à seca no rio Madeira

(Foto: reprodução/ redes sociais)

Um ato de coragem e solidariedade de um ribeirinho na região do rio Madeira viralizou nas redes sociais após o resgate de um boto em perigo. A seca severa que atinge a região deixou o nível das águas do rio perigosamente baixo, colocando em risco a vida da fauna local .

No vídeo, o homem leva cuidadosamente o animal, que estava encalhado, novamente ao rio. O rio Madeira bateu em julho uma sequência de recordes de seca para o período, com níveis mínimos históricos. A água chegou a baixar a 2,45 metros no final do mês, o nível mais baixo já registrado em julho desde que o monitoramento passou a ser feito pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), há 57 anos.

O rio Madeira é um dos principais afluentes do rio Amazonas e tem uma extensão de cerca de 3315 km, banhando os estados de Rondônia e Amazonas.

VEJA O VÍDEO:

 
 
 
 
 
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SECA NO RIO MADEIRA

Em julho, o rio Madeira bateu uma sequência de recordes de seca para o período. A água chegou a baixar a 2,45 metros no final do mês.

Segundo o engenheiro hidrólogo e pesquisador em geociências pelo SGB, Marcus Suassuna, disse que o Oceano Atlântico Norte está mais aquecido que o normal, e mais quente que o Atlântico Sul, ocasionando a severa dos períodos de estiagem, em entrevista ao g1,

O fenômeno El Niño é um dos fatores, causando atrasos no início da estação chuvosa e enfraquecimento das chuvas iniciais do período

PANORAMA EM 2023

Rio madeira
Pesquisadora faz medição e coleta de tecidos de botos mortos em lago no município de Tefé, no Amazonas – Foto: Miguel Monteiro/Instituto Mamirauá

As secas também têm sido muito extremas. Durante a seca de 2023, o Lago Tefé, no Médio Solimões, no Amazonas, secou 75%, chegando a baixar praticamente 30 cm por dia. Na região, outros lagos ficaram 90% secos.

A seca extrema na Amazônia levou a morte 209 botos no lago Tefé e em Coaraci, em razão da alta temperatura dos lagos. No dia 28 de setembro, 70 botos morreram quando a temperatura da água atingiu 39,1°C.

Estudos realizados pelo Mamirauá, instituição ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), chegaram à conclusão de que os animais morreram por hipertemia, devido às altas temperaturas nos lagos. Medições realizadas pelo instituto em lagos da região mostraram que em mais de 25 deles foram registradas temperaturas de 37°C.

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Com informações de g1 e Agência Brasil*