Um levantamento exclusivo do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), realizado a pedido do g1, revela que o Brasil está vivenciando a mais severa estiagem dos últimos 44 anos. Este período seco, que afeta mais da metade do país, está provocando uma série de problemas graves em diferentes setores.
SECA NO BRASIL
Cidades estão sendo severamente impactadas pelas queimadas e pela densa fumaça, tornando o ar tão seco que a respiração se torna difícil. Os rios, muitos deles já expostos, estão enfrentando níveis críticos de água, enquanto a fauna local sofre com a falta de recursos hídricos, resultando na morte de diversos animais.
O setor hidrelétrico está em alerta máximo devido à significativa redução nos níveis dos reservatórios, o que pode afetar a geração de energia e aumentar a preocupação com a estabilidade do fornecimento elétrico em várias regiões.
ESTADOS MAIS AFETADOS
O levantamento do Cemaden, órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e responsável por fornecer dados ao governo federal, aponta que 16 estados e o Distrito Federal estão passando pela pior estiagem já registrada no período de maio a agosto desde os anos 1980. Os estados afetados incluem:
- Amazonas
- Acre
- Rondônia
- Mato Grosso
- Pará
- Mato Grosso do Sul
- Goiás
- Minas Gerais
- São Paulo
- Paraná
- Rio de Janeiro
- Espírito Santo
- Bahia
- Piauí
- Maranhão
- Tocantins
Ana Paula Cunha, especialista no monitoramento de secas do Cemaden, destaca que a extensão e a duração desta seca são inéditas nos anos recentes de monitoramento. O órgão continua a monitorar a situação e fornecer informações cruciais para o governo federal e a sociedade.
A gravidade da estiagem levanta questões urgentes sobre a gestão dos recursos hídricos e as estratégias para mitigar os impactos ambientais e sociais deste evento extremo.