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Museu Goeldi inaugura exposição “Fóssil Vivo” em Belém, nesta sexta-feira (30)

(Foto: Leandro Mathiello)

O Centro de Exposições Eduardo Galvão, localizado no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, recebe a partir do dia 30 de agosto a inovadora exposição “Fóssil Vivo“. A mostra, que permanecerá aberta até dezembro de 2024, une ciência, tecnologia e a rica história natural da Amazônia, transportando os visitantes a um passado remoto de 20 milhões de anos.

EXPO “FÓSSIL VIVO”

Curada pelo cientista social e cineasta Adriano Espínola Filho, a exposição é dividida em duas sessões principais. A primeira sessão utiliza tecnologia de realidade aumentada para apresentar a fauna da formação Pirabas, do período Mioceno, quando grande parte da Amazônia era coberta por um ambiente marinho. A segunda sessão, por meio de realidade virtual, oferece uma visão da Megafauna do Pleistoceno, retratando animais extintos há cerca de 11 mil anos, que conviveram com os seres humanos durante o período.

Goeldi
A exposição utiliza tecnologia de realidade aumentada para deixar ainda mais interativo ao público (Foto: divulgação)

Adriano Espínola Filho destaca a importância de contar uma história pouco conhecida: “Na primeira parte, buscamos revelar ao público um período em que a Amazônia era mar. Na segunda parte, os visitantes terão a oportunidade de interagir com animais da Megafauna, proporcionando uma imersão em um tempo remoto que moldou a região.”

A exposição, patrocinada pelo Instituto Cultural Vale através da Lei Rouanet, é uma parceria entre o Museu Goeldi e o Instituto Cultural Vale. Além de exibir fósseis da Coleção Paleontológica do Museu Goeldi, coletados em sítios do Pará, a mostra valoriza o trabalho dos paleontólogos que preservam e estudam essas relíquias do passado.

Entre as espécies em destaque estão o tubarão Galeocerdo mayumbensis, o siri Portunus haitiensis, e a bolacha de praia Clypeaster lamegoi, além dos gigantes da Megafauna como Notiomastodon e Glyptodon. Estes fósseis, provenientes de afloramentos ou minas escavadas pelos paleontólogos, foram cuidadosamente tratados, limpos e catalogados para a pesquisa científica e eventos educacionais.

Maria Inês Fejós Ramos, curadora da Coleção Paleontológica do Museu Emílio Goeldi, ressalta a importância da exposição: “Fóssil Vivo é uma oportunidade para divulgar a Paleontologia, uma área pouco conhecida na região, e para o Museu Goeldi se afirmar como um centro de História Natural que resgata a vida e os ambientes do passado da Amazônia.”

Além dos fósseis, a exposição contará com recursos audiovisuais, incluindo três minidocumentários sobre o trabalho dos paleontólogos e o processo de escavação. Para dinamizar a visitação, o Museu Goeldi realizará o Mês da Geociências em setembro, com ações educativas e palestras relacionadas à exposição. A mediação será feita por graduandos de Museologia e Produção Multimídia da Universidade Federal do Pará, capacitados para facilitar a interação do público com o conhecimento científico apresentado.

A exposição “Fóssil Vivo” promete proporcionar uma experiência enriquecedora e educativa, aprofundando o entendimento sobre a história geológica e a biodiversidade da Amazônia.

SOBRE O GOELDI

Centro pioneiro nos estudos científicos dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como na divulgação de conhecimento, organização e manutenção de acervos de referência mundial relacionados à região. O Museu Paraense Emílio Goeldi estimula a apreciação, apropriação e uso do conhecimento científico sobre a região pela população.

Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Museu Goeldi é um dos mais antigos, maiores e populares museus brasileiros. Foi fundado em 1866 na cidade de Belém, onde está localizado seu Parque Zoobotânico e o Campus de Pesquisa. Mantém ainda no Arquipélago do Marajó (PA) a Estação Científica Ferreira Penna, um laboratório avançado para o estudo do funcionamento da Floresta Amazônica.

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