Um professor de um colégio particular localizado no bairro de Nazaré, em Belém, está sendo acusado de assédio sexual contra uma estudante de 12 anos. O caso veio à tona nesta quarta-feira (4), após a mãe da menina denunciar a situação e expor o que considera uma resposta insuficiente da escola diante da gravidade do ocorrido. Com as provas apresentadas, a responsável pela criança afirmou que o professor foi demitido por justa causa, mas questiona se essa é a única medida que se pode esperar da instituição de ensino.
Segundo informações contidas no boletim de ocorrência, que foi registrado nesta quarta-feira (4) na Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e o Adolescente (DEACA) Santa Casa, a mãe da estudante tomou conhecimento de que a filha estava “recebendo mensagens de cunho sexual por parte do professor”. De acordo com o depoimento, uma das ameaças do professor era tirar a aluna do time da escola.
Em conversa com o BT, a mãe da estudante contou que o professor utilizou chantagens por celular para tentar manipular a aluna, o que agravou ainda mais o impacto emocional do caso. Quando confrontado, o professor teria descredibilizado a menina, chamando-a de mentirosa e espalhando a história para outros membros do time da escola. “Com todas as provas que temos, o colégio demitiu o professor hoje por justa causa. Mas é só isso que podemos esperar da escola? E de agora em diante, como fica a minha filha? Ela está com medo”, desabafou a mãe, destacando a falta de suporte psicológico por parte do colégio, que não ofereceu acompanhamento ou orientação para a aluna.
Medidas legais e luta por justiça
A família já tomou todas as medidas legais cabíveis, incluindo o registro de boletim de ocorrência e a solicitação de medidas protetivas contra o agressor. No entanto, a mãe ressalta que o caminho agora é garantir a segurança e o bem-estar emocional da filha, que enfrenta medo e insegurança após o episódio. “O fato é que agora sigo sozinha com minha filha. Ela está com medo”, comentou.
Questionamentos sobre o papel da escola
A demissão do professor é vista pela família como uma resposta mínima diante da gravidade do ocorrido. A mãe questiona se a medida é suficiente e critica a ausência de um plano de apoio psicológico para a filha e outros alunos que possam ter sido afetados pela situação. “É preocupante que uma escola de tanto renome se limite a apenas afastar. Esse caso precisa ser divulgado”, lamenta a mãe.
A redação do BT Mais tentou contato com a direção da escola, no entanto, até o fechamento da matéria, não houve retorno. O espaço segue em aberto.
O BT solicitou nota para a Polícia Civil que informou “que o caso está sendo investigado sob sigilo pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEACA) de Belém”.