O fotojornalista paraense João Paulo Guimarães, com passagens por veículos como The Intercept Brasil, A Pública e Mongabay, lança seu livro O Caçador de Trolls – Monstros Sociais pelas Lentes de um Fotojornalista, em dezembro, pela Editora Hortelã.
Na obra, Guimarães compartilha uma visão sincera e tocante sobre sua rotina de trabalho e os desafios enfrentados em busca de histórias invisíveis para a grande mídia. O autor revela dramas como a morte de um quilombola, a realidade dos lixões e a dura vida dos marginalizados nas ruas de São Paulo, oferecendo uma narrativa onde mistura suas próprias angústias e medos com o compromisso de documentar um Brasil desigual.
O título faz referência ao termo “trolls”, que Guimarães usa ao brincar com sua filha, explicando que sua missão é caçar monstros invisíveis, representados por figuras como a fome, a violência e a ganância. Ao longo do livro, ele nos leva a refletir sobre a perversidade de uma sociedade marcada por injustiças, mas também apresenta histórias de esperança e resistência, com personagens como Padre Júlio Lancellotti e os profissionais da linha de frente da saúde.
Sobre o autor
Nascido em 22 de abril de 1979, em Abaetetuba, no Pará, João Paulo Guimarães sempre teve a comunicação como parte essencial de sua vida. Aos oito anos, criou um pequeno jornal que escrevia e vendia aos vizinhos e familiares, um prenúncio de sua futura carreira. Anos depois, enquanto cursava Publicidade e Propaganda, encontrou na fotografia não apenas uma profissão, mas uma forma de expressão que o levaria ao jornalismo
A conexão pessoal também marca sua trajetória. Recentemente, sua filha, Amora, usou pela primeira vez o termo “fotógrafo” para descrevê-lo, embora antes o visse como “papai caçador de trolls”, apelido inspirado nas brincadeiras em casa. Hoje, João combina essas duas identidades, unindo o profissional comprometido com a denúncia social ao pai que transforma a fantasia em um meio de explicar sua missão.
Com o lançamento previsto para dezembro de 2024, o livro promete ser uma poderosa reflexão sobre a fotografia, mas, principalmente, sobre a humanidade que ainda persiste, mesmo em tempos de profunda desigualdade.