Vitória Leona, fotógrafa de renome internacional e viajante, embarcou em uma jornada autônoma até a nascente do Rio Amazonas. Acompanhada de seu parceiro, ela enfrentou as dificuldades de uma região pouco explorada, localizada no Peru, a mais de 4 mil metros de altitude. Em entrevista exclusiva, ela compartilhou detalhes da experiência e os desafios enfrentados ao longo dos quatro dias e quatro noites de viagem.
Ao refletir sobre os desafios da jornada, Leona avaliou a experiência com uma nota 10 em uma escala de 0 a 10, destacando o intenso cansaço e as exigências físicas, além das dificuldades de localização e orientação no terreno. A travessia, que exigiu do casal um esforço diário de cerca de 8 horas de caminhada, foi feita em total isolamento, sem a presença de moradores ou nativos. ‘Acampar ali trazia uma sensação de liberdade’, explicou Leona.
A viagem, que levou o casal por rios da região da Pan-Amazônia, foi também uma imersão nas questões ambientais que afligem a região, como o desmatamento e os impactos da mineração, do garimpo ilegal e da exploração de petróleo, especialmente nas proximidades da foz do rio Amazonas. Outro aspecto que chamou a atenção de Leona foi a diversidade cultural da região. Ela também ressaltou a importância cultural do Rio Amazonas, que conecta diversas comunidades, possibilitando uma troca de saberes e tradições fundamentais para a manutenção da identidade regional.
A fotógrafa também compartilhou como a jornada pela Pan-Amazônia impactou sua perspectiva pessoal e profissional. Após passar 20 dias na região, ela sentiu que a experiência a fortaleceu para outros desafios e possíveis novas viagens, tanto em termos físicos quanto emocionais.
Durante a entrevista, Leona foi questionada sobre sua visão sobre a COP30 e o impacto que o seu trabalho pode ter para o evento. ‘Eu tenho muito que nós, todos, temos que aprender sobre a amazônia e sobre nós mesmos dentro desse contexto’, disse.