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Pará lidera incêndios florestais no Brasil em 2024, aponta INPE

Foto: Daniel Beltra/Greenpeace

No início deste ano, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que o Pará foi o estado com maior número de focos de incêndios florestais em 2024.

De acordo com os dados, o Brasil registrou 278.299 focos de incêndios florestais, sendo o ano com o maior número de casos desde 2010, quando ocorreram 319.383. O total representa um aumento de 46,5% em relação a 2023, que contabilizou 189.901 focos.

Entre os biomas, a Amazônia liderou com 140.346 focos, seguida pelo Cerrado (81.468), Mata Atlântica (21.328), Caatinga (20.235) e Pampa (454).

O Ministério do Meio Ambiente informou à CNN que, a partir de 2025, a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo será implementada, garantindo articulação com estados e municípios para respostas mais rápidas aos incêndios.

Medidas adotadas
Em 2024, o Fundo Amazônia destinou cerca de R$ 280 milhões aos Corpos de Bombeiros de sete estados da Amazônia Legal. O Governo Federal também destacou uma queda de 46% no ritmo de desmatamento na Amazônia entre 2022 e 2024.

A redação do BT Mais procurou a assessoria do Governo do Pará para esclarecimentos e medidas em preparação para a COP30.

Em nota enviada na terça, 7, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente se pronunciou sobre os dados e apresentou políticas de combate ao fogo em território paraense:

“A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) informa que o Pará tem intensificado os esforços para combater o aumento de incêndios florestais e queimadas, fenômenos agravados pelas mudanças climáticas globais. Os anos de 2023 e 2024 estão entre os mais quentes desde o período pré-revolução industrial, com temperaturas elevadas e chuvas reduzidas, condições que ampliam a vulnerabilidade ambiental e favorecem a ocorrência de queimadas. É importante destacar que apenas 30% do território paraense está sob jurisdição estadual, enquanto 70% pertence à esfera federal, o que exige uma ação coordenada com a União. Em setembro deste ano, o estado solicitou apoio ao governo federal para reforçar os recursos destinados ao combate às queimadas. Além disso, o Pará integra o Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (CIMAN), coordenado pelo governo federal, que reúne órgãos como Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, ICMBio, FUNAI, CENSIPAM e INCRA, além de representantes estaduais, para alinhar estratégias e ações conjuntas para o combate às queimadas. No âmbito estadual, a Operação Fênix ganhou reforço de 40 novos bombeiros, somando 120 profissionais distribuídos em cinco frentes de trabalho. Foram também incorporadas oito novas viaturas e abafadores de incêndio às três já em operação, além do suporte de dois helicópteros para o combate aéreo às queimadas. Neste período, a floresta está mais inflamável, o que explica o aumento de focos de calor, mesmo com a redução histórica do desmatamento no Pará, que em 2024 reduziu em 28,4% a taxa de desmatamento, superando os 21% de queda registrados nos dois anos anteriores (2023 e 2022), conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)”, afirmou.

Confira o número de focos de incêndio por estado em 2024:

  • Pará: 56.070 ocorrências;
  • Mato Grosso: 50.551 ocorrências;
  • Amazonas: 25.499 ocorrências;
  • Maranhão: 22.879 ocorrências;
  • Tocantins: 17.251 ocorrências;
  • Mato Grosso do Sul: 13.041 ocorrências;
  • Minas Gerais: 11.787 ocorrências;
  • Rondônia: 10.692 ocorrências;
  • Piauí: 10.587 ocorrências;
  • Bahia: 9.160 ocorrências;
  • São Paulo: 8.712 ocorrências;
  • Acre: 8.658 ocorrências;
  • Ceará: 7.160 ocorrências;
  • Goiás: 6.362 ocorrências;
  • Roraima: 5.358 ocorrências;
  • Paraná: 2.704 ocorrências;
  • Pernambuco: 2.057 ocorrências;
  • Amapá: 2.014 ocorrências;
  • Santa Catarina: 1.801 ocorrências;
  • Rio Grande do Sul: 1.572 ocorrências;
  • Rio de Janeiro: 1.200 ocorrências;
  • Paraíba: 1.074 ocorrências;
  • Espírito Santo: 662 ocorrências;
  • Rio Grande do Norte: 624 ocorrências;
  • Distrito Federal: 349 ocorrências;
  • Alagoas: 285 ocorrências;
  • Sergipe: 190 ocorrências.

*Matéria realizada com informação do portal CNN.