A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 10, um novo aumento no preço dos combustíveis e do gás de cozinha. O reajuste de 18% será repassado para as distribuidoras a partir de amanhã (11). O repasse para o consumidor final, nas bombas e no botijão, vai depender de cada revendedor.
Nas distribuidoras, o preço médio da gasolina vai passar de R$3,25 para R$3,86 o litro. O diesel vai de R$3,61 para R$4,51, alta de 24,9%. O gás de cozinha passará de R$3,86 para R$4,48, aumento de 16%.
O último reajuste no preço dos insumos ocorreu em outubro de 2021, há 152 dias.
A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Fertilizantes) calculou que o valor da gasolina nas bombas deverá chegar, em média, a R$7,02. Atualmente a média é de R$6,57.
Em nota, a Petrobras comunicou que os reajustes “refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia”.
O barril de petróleo no mercado internacional ultrapassou a marca de US$ 130 (R$ 656, na cotação de hoje) nos últimos dias, com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Quando a companhia anunciou o último aumento, em 11 de janeiro, o produto era cotado a cerca de US$ 83 (R$ 419).
Desde 2016 a estatal passou a adotar em suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril do petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.
De olho na campanha à reeleição, Bolsonaro tem indicado que não quer mais deixar a Petrobras repassar integralmente a alta do petróleo no mercado internacional aos preços do mercado interno.
Na segunda-feira (7), ele disse que a paridade da empresa com os preços internacionais “não pode continuar”.