Depois da Petrobrás anunciar mais um reajuste no preço dos combustíveis, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) emitiu um comunicado para informar que o reajuste de quase 25% no preço do diesel “inviabilizou a continuidade da prestação do serviço de transporte coletivo” em Belém.
Segundo o sindicato, o sistema vai colapsar, uma vez que “a conta não fecha”. “A redução de passageiros pagantes transportados e os sucessivos aumentos de todos os custos da operação, aliados ao congelamento da tarifa durante quase três anos, estão inviabilizando a continuidade por haverem fulminado o equilíbrio financeiro das operadoras”, afirmou o sindicato.
A tarifa, que é a única fonte de custeio do serviço, não passa por reajuste na capital paraense há mais de 30 meses. E a crise do sistema só fez se agravar desde o começo da pandemia de covid-19. Nesse cenário, o Setransbel relembrou ainda que a falta de um subsídio, prejudica tanto usuários, quanto as empresas, que se veem à mercê de um sistema que não mais consegue se sustentar.
Sobre o problema apontado pelo Setransbe, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) afirmou em nota que “vem acompanhando com atenção redobrada o agravamento nacional e local da situação do transporte público coletivo, ocasionado pela pandemia da covid-19 e pelos constantes aumentos do combustível, especialmente com a escalada de aumentos determinada pelo governo federal, na última semana”,
A Semob disse ainda que busca soluções para que possa garantir uma prestação adequada do serviço, e afirmou que “entende que as medidas a serem adotadas para assegurar a continuidade e a melhoria no serviço de transporte público coletivo envolvem um necessário esforço conjunto de todas as esferas de governo”.
Por fim, a Superintendência afirmou que “está ultimando a análise técnica dos estudos tarifários apresentados pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel)”.
Assista ao comunicado do Setransbel:
Leia a nota da Semob na íntegra:
A Prefeitura de Belém, por meio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), explica que vem acompanhando com atenção redobrada o agravamento nacional e local da situação do transporte público coletivo, ocasionado pela pandemia da covid-19 e pelos constantes aumentos do combustível, especialmente com a escalada de aumentos determinada pelo governo federal, na última semana.
Neste contexto, a Semob vem buscando soluções para garantir uma prestação adequada no serviço (regularidade, segurança, etc) à população.
Contudo, também entende que as medidas a serem adotadas para assegurar a continuidade e a melhoria no serviço de transporte público coletivo envolvem um necessário esforço conjunto de todas as esferas de governo.
Como exemplo, a recente aprovação pelo Senado Federal, a partir de demanda apresentada pela Frente Nacional de Prefeitos, do Projeto de Lei 4.392/2021, que constitui um fundo de R$ 5 bilhões, para subsidiar gratuidades no transporte coletivo em nível nacional. Este PL encontra-se pendente de votação na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).
Por fim, a Semob está ultimando a análise técnica dos estudos tarifários apresentados pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel).