Adotei um filhote, e agora?
Ter um pet de estimação é sem sombra de dúvida maravilhoso, tudo que mais desejamos é enchê-los de carinho, mas um animalzinho requer muitas responsabilidades, paciência e tempo, principalmente no caso dos filhotes.
O filhote assim que nasce, já começa a aprender com a mãe como sobreviver dentro de sua matilha. Junto com seus irmãos, ele aprende as regras do grupo, mas quando o pequeno é adotado e passa a fazer parte de outro lar, o novo integrante da família precisa aprender as “normas” da casa. Ele não reconhece o ambiente, é tudo novo, e assim como as crianças, esse filhote vai precisar de carinho, dedicação e paciência. E claro, o novo bebê da casa precisa do seu “enxoval” todo preparado para a sua chegada.
A educação do pet é importantíssima, é uma das maiores demandas que os adestradores recebem, em termos de comportamento. É a partir dos estímulos que recebe do seu tutor, que o animal vai desenvolvendo o seu comportamento, manias e assim entende o que pode ou não fazer
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Mas então, como e quando ensinar esse novo integrante da família? Pois bem, separamos 3 dicas rápidas de adestramento para te ajudar nos primeiros passos com o seu filhote, e para responder essas perguntas, convidamos a adestradora Illa Quadros(@blackacare), especialista em educação de cães e gatos.
Confira as dicas:
1- Com quantos meses posso começar a ensinar o filhote?
O recomendado é que o filhote seja entregue para a família adotiva somente após o desmame, que ocorre entre os 45 a 50 dias de vida, se seu pet chegou ao seu lar nesse período, já é hora de começar os primeiros ensinamentos.
“Cães e gatos não só podem como devem iniciar as atividades educativas a partir do 50 dias de vida.” Diz a adestradora.
Tudo é treino, os animais são seres SENCIENTES, ou seja, aprendem através do sentido em que ofertamos as referências à eles, tanto positivas quanto negativas.
Por exemplo, se o cão late sem parar e você grita com ele pedindo para parar, ou o assustando batendo palmas pra ele sair daquele local ou até o coloca no colo, você estará reforçando NEGATIVAMENTE o comportamento.
Quanto mais você entrega sua atenção (olhar, falar e tocar), mais estará reforçando a associação do latido com a atenção que eles sempre querem.
Neste caso, o ideal é aprender a ter paciência e ignorar.
A dica é entregar a atenção que o filhote quer (carinho, beijinho, vozinha de criança, toques etc) somente quando o animal estiver calmo (sem latir, sem pular, sem correr pro lado e pro outro). Esta é a dica ouro da educação positiva, a chave para o equilíbrio canino”.
2- O que devo ensinar primeiro ao filhote?
A primeira atividade a ser exercida é a apresentação da textura do banheiro pet, ou seja, onde seu filhote vai fazer suas necessidades. Tapete higiênico, tapete lavável, jornal, papelão, pano, qualquer textura desde que seja absorvível.
Segundo a nossa especialista em adestramento pet, o primeiro passo é ensinar o local certo do banheiro pet, vale lembrar, isso é um processo e não ocorre da noite para o dia, portanto, tenha paciência com seu amiguinho e procure sempre a ajuda de um especialista.
“O que sugiro é sempre procurar ajuda de um profissional da educação animal para melhores orientações quanto às primeiras introduções, sobretudo do enxoval Pet ideal.” Reforça Illa.
3- Para o filhote, qual é a melhor forma de ensinar comando básico?
Será que um filhote aprende do mesmo jeito que um animal mais velho? Será que os estímulos e recompensas são iguais?
A adestradora Illa, responde;
“Existe um padrão de comandos, porém cada família se adapta a ele conforme seja sua rotina diária. Cada educador tem sua técnica desenvolvida conforme sua atividade habitual. Cada um tem seu método de atendimento.
Como educadora positiva, adapto o manejo dos meus alunos conforme a realidade da família. Além do manejo nos treinos, sempre deixo atividades para dever de casa a fim de que os guardiões consigam introduzir em suas rotinas organicamente. Deixando tudo fluido e tranquilo para todos.”
O mais importante é dar estímulos positivos aos pet e adaptar os comandos para a rotina que o tutor tem, cada família e animal é único, por isso é importante adaptar a necessidade de cada um, para que o processo de aprendizagem seja o mais tranquilo possível para ambos e assim tornando o laço pet e guardião forte e saudável.
E aí, gostou das dicas? deixa nos comentários!