Sandra Mara Fernandes, a mulher que teve sua intimidade exposta por Givaldo Alves, ex-morador de rua, após ter sido abusada por ele durante um surto psicótico, se manifestou por meio de redes sociais nesta quarta-feira, 27.
“Venho através dessa postagem agradecer as pessoas que se levantaram para me defender quando eu não tinha condições”, declarou ela, que afirmou estar “profundamente dilacerada pelo ocorrido”.
Sandra revelou que agora tem ciência de tudo o que ocorreu com ela enquanto estava internada e que pretende buscar seus direitos na justiça. “Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA! (…)Hoje eu busco na JUSTIÇA os meus DIREITOS , pois nunca faltei com respeito com ninguém”, disse ela.
Sandra acusou Givaldo de tê-la usado “como OBJETO de prazer durante DELÍRIOS e ALUCINAÇÕES que confundiram minha mente e me colocaram num contexto NOJENTO e SÓRDIDO”.
O caso
Opersonal traines Eduardo Alves, de 31 anos, agrediu o ex-morador de rua Givaldo Alves após tê-lo flagrado tendo relações sexuais com sua esposa, Sandra. O caso aconteceu em Planaltina, região administrativa do Distrito Federal, no dia 10 de março, mas as imagens da agressão foram divulgadas no dia 14.
Sandra havia saído horas antes para uma ação da igreja evangélica que frequenta. Sem ter notícias da mulher, Eduardo saiu pelas ruas buscando por ela e encontrou-a dentro do carro com Givaldo Alves. Ele declarou à polícia que a esposa estava em surto psicótico e o ex-morador de rua a estava estuprando, já que ela não tinha condições de consentir o ato.
Leia o comunicado de Sandra na íntegra
Olá me chamo SANDRA MARA FERNANDES , sou a mãe da Anna Laura e a esposa do @eduardoalvestrainer . Venho através dessa postagem agradecer as pessoas que se levantaram para me defender quando eu não tinha condições.
Passei por dias muito difíceis, nunca me imaginei naquela situação. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido. Hoje eu tenho ciência de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais.
Fui VÍTIMA de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer , uma mulher promiscua , uma mulher com fetiches , uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior.
Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA!
Então, na condição onde estive eu sei que tinha legitimo DIREITO de ser DEFENDIDA. Agradeço ao meu esposo por tudo que ele fez por mim. Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condições normais eu jamais teria permitido passar por aquilo . Agradeço também ao meu pai, minha madrasta , meus irmãos e amigos , que me acolheram e ajudaram o Eduardo e a Anna Laura . Sou profundamente grata aos profissionais que me ajudaram a compreender o que estava acontecendo quando eu já NÃO TINHA domínio da minha própria vida.
Hoje eu busco na JUSTIÇA os meus DIREITOS , pois nunca faltei com respeito com ninguém e não merecia ter sido tratada como uma qualquer , e , principalmente , ter sido usada como OBJETO de prazer durante DELÍRIOS e ALUCINAÇÕES que confundiram minha mente e me colocaram num contexto NOJENTO e SÓRDIDO . Sigo BATALHANDO, um dia de cada vez para retomar a minha existência e vou conseguir porque DEUS é maior e infinitamente bom !
