Os indígenas que estavam desaparecidos na região de Aracaçá, na Terra Indígena Yanomami, foram localizados. Quem confirmou a informação foi o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi), Júnior Hekurari Yanomami, para a Polícia Federal.
Os ianomâmis estavam desaparecidos desde o final de abril, quando entraram em confronto com os garimpeiros que invadiram a região. Segundo Júnior Hekurari Yanomami, o grupo foi localizado em uma área de floresta, longe de Aracaçá, e alguns estavam acompanhados de garimpeiros.
De acordo com o líder Yanomami, mais detalhes serão repassados à imprensa em nota ainda nesta sexta-feira, 6. Além disso, a Polícia Federal fará uma coletiva de imprensa também nesta sexta-feira, para falar a respeito das investigações sobre denúncias de estupro e homicídio contra indígenas da comunidade Aracaçá e a prisão do garimpeiro Eliézio Monteiro Nerj.
Eliézio foi detido nesta quinta-feira, 5. Ele estava foragido da depois de ser condenado pela participação o genocídio de ianomâmis há quase três décadas. O “Massacre do Haximu”, como ficou conhecida a série de assassinatos, deixou 12 indígenas mortos em 1993.
O SUMIÇO
A denúncia de que os Yanomami estavam desaparecidos foi feita na noite do dia 25 de abril, pelo próprio presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele afirmou que uma menina de 12 anos havia sido estuprada e morta durante um ataque de garimpeiros. E que uma tia da menina, tentou salvá-la. Na confusão, uma criança, filha dessa tia, caiu no rio e desapareceu, segundo relato do líder indígena.
Foi durante as investigações dessa denúncia que a Polícia Federal chegou ao território Yanomami e não encontrou os indígenas. Além disso, encontrou uma das cabanas e um local semelhante a um barracão queimados.