Nesta terça-feira, 14, o ministro Alexandre de Moraes foi eleito presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele irá assumir o cargo no dia 16 de agosto e, em outubro, comandará as eleições deste ano. A vice-presidência ficou com o ministro Ricardo Lewandowski.
O atual presidente, o ministro Edson Fachin, deixará o cargo em agosto, após completar os quatro anos permitidos como integrante do TSE.
A votação é uma praxe do tribunal e a escolha é feita entre os ministros do STF que compõem a Corte. Moraes recebeu 6 votos, contra 1 de Lewandowski. Após a saída do vice-presidente eleito, que completa quatro anos no TSE em 26 de setembro, quem assumirá o cargo é a atual ministra substituta Cármen Lúcia.
A eleição de Moraes vem em um momento turbulento entre o STF e o presidente Jair Bolsonaro (PL). O chefe do Executivo, por diversas vezes, levantou questionamentos a respeito do sistema eletrônico de votação. No discurso após a votação, o ministro defendeu que as eleições ocorram dentro da normalidade. “Nossos eleitores e nossas eleitoras merecem esperança. Esperança nas propostas e projetos sérios de todos os candidatos. Nossas eleitoras e eleitores não merecem a proliferação de discursos de ódio, de notícias fraudulentas e da criminosa tentativa de cooptação, por coação e medo, de seus votos por verdadeiras milícias digitais”, disse Moraes.
Ainda no discurso, Moraes afirmou que o momento é de união e fortalecimento da democracia. “A Justiça Eleitoral não permitirá que milícias, pessoais ou digitais, desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia no Brasil. E para isso, presidente, sabemos nós todos da Justiça Eleitoral que podemos contar com os outros poderes e órgãos republicanos do nosso país, que acreditam e defendem o fortalecimento da democracia”, afirmou.