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Estudo aponta que 19 pessoas foram assassinadas em conflitos no campo em 2022, quatro delas no Pará

O relatório feito pela Comissão Pastoral da Terra não inclui os assassinatos de Bruno e Dom

Até o mês de maio de 2022 foram contabilizados 19 assassinatos em conflitos no campo no Brasil, quatro apenas no estado do Pará, é o que mostra o relatório preliminar do Centro de Documentação da Comissão Pastoral da Terra (Cedoc-CPT).

O número, que leva em consideração apenas os cinco primeiros meses deste ano, já é mais da metade do registrado em todo o ano de 2021. No ano passado, 35 homicídios aconteceram.

Estes dados não incluem o brutal assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, no Amazonas ocorrido na última semana.

Os dados desta pesquisa foram divulgados pelo portal G1 nesta sexta-feira, 17, mas foram coletados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), que é uma instituição civil, sem fins lucrativos, criada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e atua nas questões agrárias desde outubro de 1975.

Dos assassinatos, quatro ocorreram aqui no estado do Pará, que na pesquisa, teve o maior número de casos: três ambientalistas e uma pessoa do movimento sem terra foram mortos.

Outros cinco foram de indígenas e dois de quilombolas. Além disso, ainda de acordo com a CPT, quatro pessoas do movimento sem terras, dois assentados e dois pequenos proprietários rurais foram assassinados até maio no Brasil segundo a CPT.