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Maioria dos eleitores de outubro são mulheres, aponta pesquisa do TSE

Eleitorado feminino é maioria no Brasil, dentre aptos a votar. Mulheres representam 53% do público que vai escolher seus representantes nas eleições de outubro.

Nas eleições de outubro, mais uma vez, as mulheres são a maioria entre pessoas aptas a votar. Segundo levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos mais de 156,4 milhões de eleitores que poderão participar do pleito nos dois turnos, 53%, pouco mais de 82,3 milhões, são do gênero feminino e 74 milhões do masculino, que equivale a 47%.

Na distribuição regional dos eleitores, os três maiores colégios eleitorais – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro concentram quase a metade dos votos do país (42,64%). A votação ocorrerá em 496.512 seções eleitorais distribuídas em 2.637 zonas eleitorais.

Por região, a distribuição fica a seguinte: Norte: 8,03%; Nordeste: 27,11%; Sudeste: 42,64%; Centro-oeste: 7,38%; Sul: 14,42%; O eleitorado brasileiro está dividido em 5.570 cidades do país. De acordo com estatísticas do TSE, houve um aumento de 6,21% nas eleições gerais, em relação a 2018.

Eleitoras mulheres são maioria, porém, não se vê o mesmo nos assentos parlamentares. Imagem: Reprodução.

VOTAÇÃO NO EXTERIOR

Nos últimos quatro anos, o eleitorado no exterior também cresceu. Saltou de 500.727 em 2018 para 697.078 em 2022, o que representa um aumento de 39,21%. Esses 697 mil brasileiros correspondem a 0,45% do eleitorado total apto a votar neste ano. As mulheres também são mais entre os gêneros, das quase 700 mil pessoas que moram fora do país e se habilitaram para votar para o cargo de presidente da República, 59% são mulheres e 41% homens.

PERFIL

Segundo o TSE, a maior parte das eleitoras brasileiras (5,33%) tem de 35 a 39 anos, seguida das mulheres com idade entre 40 e 44 anos (5,32%). A faixa de 25 a 29 anos soma 5,2%. Apesar do voto no Brasil ser obrigatório entre 18 e 70 anos, um dado curioso é o de eleitoras com 100 anos ou mais: são 87,4 mil.

Número de aptos a votar cresceu 6,21% em relação à 2018. Imagem: Reprodução.

POR OUTRO LADO

Embora a maioria dos aptos a votarem nas eleições de 2022 sejam mulheres, elas ainda não ocupam assentos políticos e de poder. Segundo o TSE, nesses espaços, as mulheres continuam sub-representadas. Nas Eleições Gerais de 2018, apenas seis das 81 vagas do Senado Federal foram conquistadas por mulheres. Na Câmara, dos 513 eleitos somente 77 eram do sexo feminino. Em 2018, apenas uma governadora foi eleita: Maria de Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte (RN).

Para incentivar a entrada e a permanência das mulheres na política, o TSE lançou, em junho de 2022, a nova campanha Mais Mulheres na Política 2022. Exibida nacionalmente em emissoras de rádio e de televisão, redes sociais da Justiça Eleitoral e no Portal do Tribunal, a campanha enfatiza a diferença entre o Brasil real, de forte presença feminina, e o Brasil político, universo no qual as mulheres ainda são minoria.

Democracia sem a força feminina é mera formalidade e perde representatividade. Imagem: Reprodução.

O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Edson Fachin, a democracia sem a expressão do feminismo se atrofia, torna-se uma mera formalidade, perde a representatividade. A face feminina representa plenamente a democracia do Brasil, mas não é espelhado nas casas de representação do Congresso Nacional, senado e câmara dos deputados”, pontuou.

FAIXA ETÁRIA

O TSE também divulgou a faixa etária dos eleitores em relação ao total do eleitorado apto a votar:

  • 16 a 24 anos: 13,74%
  • 25 a 44 anos: 40,72%
  • 45 a 69 anos: 36,03%
  • 70 a 100 anos ou mais: 9,52%

*Com informações de Agência Brasil.