A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou nesta sexta-feira, 26, a liberação para uso da vacina contra a monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos, no Brasil. Também foi liberado o medicamento tecovirimat, um antiviral que foi testado para o tratamento da doença.
Para que as aprovações fossem concedidas, a agência analisou dados da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Agência Americana (FDA).
A dispensa temporária e excepcional se aplica somente ao Ministério da Saúde e terá validade de seis meses, desde que não seja expressamente revogada pela Anvisa.
A diretora relatora Meiruze Freitas, destacou em seu voto que o conhecimento prévio da Anvisa sobre o medicamento, resultado da comunicação e interação com as autoridades que avaliaram o medicamento, permitiu a rápida conclusão do processo. A diretora também pontuou que o acesso ao medicamento pode salvar vidas e controlar os danos da Monkeypox, especialmente para os pacientes em maiores riscos dos danos da doença.
O ANTIVIRAL:
O antiviral Tecovirimat, autorizado pela Anvisa, é um medicamento de concentração de 200 mg, em cápsula dura de uso oral com prazo de validade de 84 meses e indicado para o tratamento de doenças causadas por Ortopoxvírus em adultos, adolescentes e crianças com peso mínimo de 13 kg.
A VACINA COMTRA MONKEYPOX:
A vacina Jynneos/Imvanex, da empresa Bavarian Nordic A/S, é fabricada na Dinamarca e Alemanha. O imunizante é destinado a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e possui prazo de até 60 meses de validade quando conservada entre -60 a -40°C.
MONKEYPOX NO BRASIL:
No Brasil, já foram confirmados mais de 4 mil casos da doença até a noite da última quarta-feira, 24, existiam 4.144, pacientes. Já o número de suspeitos era de 4.653. A OMS disse que as infecções nas Américas mostraram “um aumento contínuo e acentuado” na semana anterior, e a região representou cerca de 60% dos casos no último mês. “Na América Latina em particular, a conscientização insuficiente e falta de medidas de saúde pública estão se somando com uma falta de acesso às vacinas para combater as chamas do surto”, disse Tedros.
No Pará, foram até o momento sete casos confirmados e 13 suspeitos.