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Venda de carros automáticos dispara no Brasil, enquanto mercado de carros elétricos ganha expansão

Ambos os tipos reduz o controle humano sobre a máquina, o que gera debate no país.

O prazer de guiar um carro, de preferência em alta velocidade e com motor potente, seduziu diferentes gerações no último século. A humanidade desenvolveu formas de locomoção, como o uso de cavalos, carruagens e bicicletas. Porém, os avanços tecnológicos já proporcionam uma nova e transformadora realidade: o futuro chegou. O previsível fim do pedal de embreagem está cada vez mais próximo. Você imagina, por exemplo, que carros com pedal de embreagem ainda estarão à venda em 2030? Para especialistas do setor, é pouco provável.

A verdade é que, nos últimos cinco anos, o emplacamento de modelos manuais no Brasil caiu de 57% para 38%, segundo a Bright Consulting. As explicações são essencialmente econômicas, pois a maioria dos carros de entrada já oferece o recurso. “No início, os automáticos eram bem mais caros e apresentavam mais problemas de manutenção, mas isso está completamente superado”, diz Cássio Pagliarini, consultor da Bright. “O preço começou a ficar mais palatável e o câmbio automático se popularizou também entre os jovens”, pontua.

Novos automáticos são atrativos no mercado. Imagem: Reprodução.

Embora a nova busca pelo público, o Brasil ainda é um dos países com maior frota mecânica, também por razões financeiras, já que a inflação fez explodir a busca por usados e modelos com motor 1.0. Nos EUA, veículos do tipo têm vendas ínfimas e já é possível tirar habilitação exclusiva para automáticos — um projeto semelhante tramita em Brasília. Na Europa, a tradição também se esvai. As alemãs Volkswagen e Mercedes devem extinguir os carros manuais até 2030, quando o mercado priorizará a produção de carros automáticos e elétricos.

CURIOSIDADE

A história dos carros automáticos passa por dois brasileiros. José Braz Araripe e Fernando Lemos são reconhecidos como os inventores de um tipo de câmbio hidráulico, o primeiro a dispensar o uso do pé esquerdo para dirigir. A patente do projeto foi registrada nos EUA em 1932 e comprada na sequência pela General Motors, que em 1939 lançou o pioneiro modelo Oldsmobile 1940.

DADOS

De acordo com a Bright Consulting, de 2017 a 2022, a procura por carros automáticos cresceu de 43% para 62%. Em compensação, a de carros manuais, caiu de 57% para 38%.

EXPANSÃO DOS ELÉTRICOS

A fabricante de carros elétricos Caoa Chery, que recentemente, modificou sua linha, passando a comercializar no Brasil, apenas carros elétricos, sem motor, e com bateria recarregável, anunciou que pretende expandir sua produção de veículos elétricos no país.

Essa informação foi dada pelo executivo principal da Caoa Chery, Mauro Correia, aos colegas do site de notícias, Automotive Business. Ele revelou que, a fábrica de Jacareí, em São Paulo, foi modernizada em 2018 para receber os kits de produção de carros elétricos, mas, algumas mudanças vão precisar ser feitas para expandir a linha de produção da empresa.

Brasil é visto com potencial de expansão para os automóveis elétricos. Imagem: Reprodução.

Além disso, a montadora acabou de lançar uma linha completa de carros elétricos no Brasil, sendo que uma parte deles vão ser produzidos na fábrica de Anápolis, Goiás. Apenas um dos carros será importado, o Caoa Chery iCar, o veículo elétricos mais barato do Brasil hoje em dia e principal rival de modelos como o Renault Kwid E-Tech e JAC E-JS1.

A Caoa Chery ainda não deu prazo para iniciar a expansão de elétricos no país, mas a ideia é começar a expandir até a metade de 2023.

*Com informações de Veja.abril