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Naufrágio em Cotijuba: Vítimas ainda podem estar presas na embarcação, diz Segup

Com o desenrolar dos trabalhos e esforços de buscas na região próxima à Ilha de Cotijuba, onde ocorreu o naufrágio de uma embarcação de nome ‘Dona Lourdes II’, que saiu de Salvaterra, no Marajó, na manhã de quinta-feira, 8, e ocasionou uma tragédia com 13 vidas perdidas, cinco desaparecidos e 65 sobreviventes, de um dos maiores acidentes da história do Pará.

Em coletiva à imprensa, o Secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, revelou que duas pessoas foram resgatadas no município de Ponta de Pedras, salvas por pescadores. Além disso, o secretário afirmou que das 13 vítimas confirmadas, sete já foram para a Ilha do Marajó, onde serão sepultadas e enterradas por amigos e familiares.

Dois corpos foram encontrados nas buscas que estão sendo realizadas desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 9, no local onde a lancha naufragou. Um corpo foi encontrado na água, próximo ao Distrito de Mosqueiro, e outro, próximo à Ilha de Cotijuba.

PROPRIETÁRIO DA LANCHA

Com relação ao proprietário da embarcação, que estava no acidente e sobreviveu, de acordo com o secretário, ele ainda não foi encontrado para os procedimentos penais cabíveis. O nome dele é Marcos de Souza Oliveira, responsável pela embarcação e por coordenar o transporte clandestino de passageiros da Ilha do Marajó para Belém.

BUSCAS

As investigações continuam, para encontrar o empresário, dono da empresa de transporte clandestino. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), não descarta a possibilidade de haver pessoas presas à embarcação. “Vamos içar a lancha, tirando ela da água para investigar a possibilidade de pessoas terem ficado presas nela no momento que a embarcação começou a afundar e o medo que foi gerado”, explicou.

CAUSA DO ACIDENTE

Para os investigadores da Marinha, que estudam a causa do acidente, a hipóteses mais provável é que a lancha tenha quebrado uma das hélices do motor ao bater em uma pedra, durante a navegação, próximo à Ilha de Cotijuba, há poucos quilômetros do destino final, em Belém.

Entrevista dada pelo Secretário de Segurança, Ualame Machado. Imagem: Reprodução Segup.

Outras linhas de investigação sugerem que a embarcação possa ter tido algum impacto danoso em um banco de areia, que perfurou a lancha e permitiu a entrada de água, mas nada é conclusivo, até o momento.