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Profissionais da enfermagem realizam protesto em São Brás pela manutenção do piso salarial

Na manhã desta quarta-feira, 21, profissionais da enfermagem e técnico de enfermagens realizaram um protesto em São Brás, com grande concentração de pessoas, e obstrução do trânsito, para cobrar a manutenção do piso salarial da categoria, que foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na última semana. Uma das vias da rua foi fechada pelos manifestantes, que pediam pela manutenção do piso. A concentração dos profissionais foi na praça e no mercado de São Brás. O ato começou ás 8h da manhã.

Concentração no mercado de São Brás. Imagem: reprodução.

A paralisação, de 24horas, aconteceu em diversos pontos do Brasil, como em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. A decisão que suspendeu o piso também afeta o atendimento nas unidades de saúde do Distrito Federal, por exemplo.

Segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), ficou acordado com os profissionais o funcionamento de 30% das atividades durante a greve. Em Belém, o funcionamento sofre instabilidade por conta da insatisfação e desprestígio que a classe luta para manter. Em menos de um mês, este é o segundo protesto da categoria para manter o piso salarial.

“Cuidamos da saúde na linha de frente da pandemia de covid-19. Agora quem precisa de respeito e salários dignos somos nós. Sabemos que não é a enfermagem quem quebra a saúde, basta vontade política”, fala uma das postagens feita nas redes sociais por uma profissional da classe, convocando a classe para o ato nacional.

A norma foi aprovada em julho pelo Congresso, e sancionada em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O piso salarial de enfermeiros foi fixado em R$ 4.750.

A norma também determinou que a remuneração de técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras seja calculado com base nesse montante. Veja abaixo:

  • Técnicos de enfermagem: R$ 3.325 (70% do piso dos enfermeiros)
  • Auxiliares de enfermagem: R$ 2.375 (50% do piso dos enfermeiros);
  • Parteiras: R$ 2.375 (50% do piso dos enfermeiros).

A Associação Brasileira de Enfermagem (Aben) afirma que a decisão “desconsidera a ampla discussão entre as entidades da categoria, escuta do Congresso Nacional, avaliação econômica do impacto financeiro e representa desvalorização e desrespeito à categoria da enfermagem que é uma base importante de sustentação do sistema de saúde brasileiro”.

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