Um vídeo que corre nas redes sociais mostra alunos do colégio Rego Barros, tradicional instituição de ensino de Belém, recebendo o professor Luiz Carlos Nascimento Aragão, conhecido como Caíto, com muita cordialidade e receptividade, horas depois do episódio da prisão do professor pela polícia da Aeronáutica, na Escola Tenente Rêgo Barros – da Força Aérea Brasileira (FAB), em Belém, na última quarta-feira, 21.
Segundo a versão do educador, a prisão aconteceu por ele ter em seu veículo, bandeira e adesivos de apoio ao Partido dos Trabalhadores o PT. Um vídeo foi registrado pelo próprio professor no momento em que ele foi detido pela polícia.
De volta ao colégio, para trabalhar no mesmo dia do ocorrido, Caíto, como é carinhosamente conhecido, foi recebido por alunos de uma de suas turmas do ensino fundamental da instituição, ele acenou e agradeceu o apoio dos alunos, que promoveram o ato simbólico como forma de prestar solidariedade ao professor, que chegou a ser preso e liberado horas depois, na quarta-feira, 21.
“Eu fiquei muito surpreso com toda a receptividade dos alunos das minhas turmas do ensino fundamental e dos funcionários também, que foram muito solidários comigo, depois de tudo o que aconteceu. Desde então, ainda não houve nenhuma nova manifestação da direção da escola sobre o caso”, contou o professor ao BT.
VEJA:
Educador concursado da Escola Tenente Rêgo Barros, desde de 1997, Caito já deu aula em todas as turmas do ensino fundamental e médio, ensinando sobre história, tema em que ele é formado.
O CASO
Segundo o relato do professor Luiz Carlos Nascimento Aragão, na última quarta-feira, 21, o educador de história estacionou o seu veículo no estacionamento fora das dependências da escola, e mesmo assim, foi abordado por um sargento, que faz a segurança do local, pedindo para que ele retirasse o carro do estacionamento da escola devido estar afixada no mesmo propaganda de apoio ao candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva. Como ele recusou-se a acatar a ordem, recebeu voz de prisão.
Segundo o professor, no mesmo estacionamento, haviam vários carros com propaganda de apoio a outro candidato e os seus condutores não foram abordados pelos militares, fato que demonstraria, supostamente uma parcialidade.
“Isso nunca tinha acontecido comigo, começou a acontecer a partir de 2018. Por isso, eu estaciono o meu carro em um estacionamento fora da escola. Mas aconteceu esse caso, o sargento me abordou pedindo para que eu tirasse a bandeira vermelha e o adesivo do Lula, porque não podia esse tipo de manifestação política. Eu não acatei e ele me deu ordem de prisão”, explicou o professor.
Horas depois ele foi liberado pela polícia Aeronáutica da escola.
VEJA NOVO ÂNGULO DA ABORDAGEM:
O BT entrou em contato com a Escola Tenente Rêgo Barros – da Força Aérea Brasileira (FAB) de Belém, e aguarda um novo posicionamento da instituição de ensino.