O Governo do Estado do Pará decretou, na quarta-feira, 19, situação de emergência dentro do prazo de 180 dias em Bom Jesus do Tocantins na região sudeste do Pará, em função dos graves incêndios florestais registrados entre 01 e 03 de setembro, que estão gerando mitos estragos e prejuízos, em especial, em terras indígenas.
A situação de emergência havia sido declarada pela Prefeitura do município ainda no mês de setembro informando que a área atingida foi de 350 hectares de terras na zona rural e que houve danos irreparáveis para os moradores.
ESTRAGOS
De acordo com levantamento da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria de Infraestrutura, Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros e Exército, 2.355 pessoas foram afetadas, sendo que 87 estão desalojadas e 2.268 em condições de outros afetados. O fogo atingiu 12 residências de madeira e uma escola municipal na Aldeia Horopyre, na Terra Indígena Mãe Maria, provocando, também, a morte de vários animais.
A economia da região é baseada na agricultura e pecuária e, de acordo com o levantamento dos órgãos, os principais produtos da agricultura familiar comercializados foram consumidos pelo fogo, dentre eles, milho, arroz, farinha, feijão, pimenta do reino, verdura, legumes, hortaliças e produtos nativos extraídos nas áreas de assentamentos e reservas indígenas da região. Em Bom Jesus do Tocantins, o desenvolvimento da cidade é baseada na agricultura familiar e pecuária.
Agora, os órgãos envolvidos devem realizar ações para reabilitar e reconstruir a comunidade, além de realizar campanhas para arrecadar recursos para facilitar ações de assistência e amparo à população afetada.
Aldeia Horopyre
No início de setembro deste ano, um incêndio atingiu e destruiu a Aldeia indígena Horopyre, na Terra Indígena Mãe maria, no município de Bom Jesus de Tocantins, onde 30 pessoas da etnia Gavião Akratikatejê moravam. Ninguém se feriu, mas tudo foi consumido pelo fogo: casas, escola e posto de saúde, animais morreram..
O Governo do Estado do Pará, O MPF (Ministério Público Federal), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e a Prefeitura do município acompanha a situação da comunidade que teve que buscar refúgio em outras aldeias. Os indígenas denunciam que o incêndio tenha sido criminoso.
A TI abriga uma das últimas porções de floresta preservada na região sudeste do Pará e é atravessada por diversos empreendimentos que impactam a vida dos moradores. Há um linhão da Eletronorte, uma rodovia federal e a estrada de ferro Carajás, operada pela Vale, que transporta minérios até o porto de Itaqui, no Maranhão. O governo do Pará se comprometeu a ajudar os indígenas. E o MPF disse que vai pedir apoio à Funai, Eletronorte e Dnit.
Você pode ajudar a comunidade se reerguer, com qualquer quantia. Ao mesmo tempo, se mobilizam para consolidar a brigada voluntária, mas precisam de equipamentos. Se não puder ajudar, compartilhe esse post.
Para doações:
conta corrente no Banco do Brasil nº 111978-8 – agência 565-7 – Associação Indígena Itekjerijejakry Gavião
pix chave telefone (94) 99135-6450 – cacique Npotomanti Lopes Valdenilson
pix chave telefone (94) 99227-4007 – liderança David Kakoktyire Valdenilson de Souza
