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Granada lançada por Roberto Jefferson contra a PF é de uso exclusivo das Forças de Segurança

No último domingo (23), o ex-deputado Roberto Jefferson, condenado a prisão domiciliar desde agosto, se entregou à Polícia Federal após atacá-los com tiros de fuzil e granadas. Os agentes foram até a residência para cumprir uma ordem de prisão emitida após o ex-político violar as medidas da prisão domiciliar estabelecidas previamente. 

Imagem: Reprodução / CNN Brasil.

Após o atentado contra a PF, Jefferson foi indiciado por flagrante de tentativa de homicídio e foi levado até o presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro. Além da recepção violenta, o mesmo não tinha autorização para a posse de armas e granadas, chamadas de “bombas de efeito moral”. 

O QUE SÃO AS BOMBAS DE EFEITO MORAL

As bombas de efeito moral recebem esse nome por causarem uma grande explosão, clarão, muito barulho e soltarem um gás, causando susto nos alvos, mas sem lançamento de projéteis. 

Imagem: Reprodução / Chumbo Grosso.

Elas são utilizadas exclusivamente pelas Forças do Estado, da Segurança e da Defesa, geralmente quando há algum evento onde acontecem atos violentos ou tumultos, como em protestos ou brigas de torcidas organizadas. Elas podem ser usadas, também, para invadir locais fechados, já que os agentes podem jogá-las para dentro para causar um “fator surpresa” ao invadirem.

Diferente da granada comum, a de efeito moral não solta estilhaços, mas um tipo de gás que gera fumaça e pode ser utilizada para acobertar os agentes, ou para sinalização dos mesmos.

O gás liberado pelas bombas de efeito moral também é diferente do gás das bombas de gás lacrimogêneo, pois não soltam a fumaça tóxica, que causa reações adversas quando atinge uma pessoa, podendo levá-la inclusive até o óbito.

A “granada de efeito moral” mais comum no Brasil é fabricada pela Condor, empresa de armas do Rio de Janeiro. Pela Lei 10826, do Estatuto de Armamento, possuir e empregar esse tipo de granada sem autorização é crime e pode ser punido com 3 a 6 anos de prisão.