Segundo levantamento do Instituto de Pesquisas Espaciais, o Inpe, os alertas acumulados de desmatamento na Amazônia Legal bateram a marca de 9.277 km2 neste ano, sendo este o pior número da série histórica. Os números levam em conta dados de 1º de janeiro até 21 de outubro. Para ficar mais claro o tamanho do estrago, só neste ano, dentro da Amazônia Legal, já se desmatou o equivalente a pouco mais de seis vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Faltando dois meses para o fim de 2022, a marca já superou todo o ano de 2019, quando foi registrada a pior taxa de desmatamento até então, e o alerta apontou uma área desmatada de 9.178 km². Isso significa dizer, que o governo Bolsonaro, já bateu o seu próprio recorde de desmatamento.
A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba nove estados brasileiros, são eles Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão e o alerta do “DETER” aponta para desmatamento em todas essas áreas, através de monitoramento por satélite.
Como funciona o alerta?
O DETER é um levantamento que funciona de forma rápida, e faz alertas diários sobre alteração da cobertura florestal na Amazônia. O sistema funciona dentro do Inpe e foi desenvolvido principalmente para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Ele envia sinais de alteração na cobertura florestal, se a área for maior três hectares. A identificação do padrão de alteração da cobertura florestal é feita por interpretação visual e mapeia desmatamento, degradação e exploração de madeira.