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MPF investiga crime ambiental em protesto que derrubou árvore centenária em Novo Progresso, no Pará

O Ministério Público Federal (MPF) pediu, no último domingo, 6, informações a outros órgãos sobre medidas tomadas para identificar e responsabilizar os autores do bloqueio da rodovia BR-163, em Novo Progresso, sudoeste do Pará. Na ocasião, para obstruir o trânsito, foi utilizado o tronco de uma castanheira centenária e de espécie em extinção, de acordo com o MPF-PA. A Prefeitura da cidade também está sendo questionada na investigação.

O CASO

A castanheira tem mais de cem anos de vida e cerca de 30 metros foi derrubada na manhã da última sexta-feira, 4, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro com o intuito de bloquear a rodovia, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em mais um de uma série de bloqueios em todo o país, de manifestantes inconformados com o resultado das urnas. Ainda de acordo com a PRF, os manifestantes também teriam cortado outras árvores. A via foi totalmente liberada ainda na sexta-feira, depois de negociação. O bloqueio ocorreu no quilômetro 332 da BR-163, em Novo Progresso.

Manifestantes derrubaram árvore centenária para manifestar em Novo Progresso. Imagem: Reprodução PRF.

INVESTIGAÇÃO

O MPF enviou à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) as solicitações de respostas sobre quais iniciativas foram adotadas para a identificação e responsabilização dos criminosos contra o meio ambiente e a flora amazônica.


À PRF o MPF também pediu:

  • informações sobre o registro das placas dos veículos identificados no bloqueio, para que motoristas e passageiros sejam formalmente ouvidos;
  • lista dos agentes policiais incumbidos da ação de retirada da árvore da pista e da possível negociação com os manifestantes.

*Com informações do MPF-PA