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Projeto Floresta Pará 2022 promove debate sobre sustentabilidade e uso consciente de recursos naturais na Amazônia

Com o tema “Caminho para sustentabilidade”, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) abriu a primeira edição do projeto “Floresta Pará 2022”, na noite de terça-feira, 8, no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, em Belém. A programação do evento, que integra segmentos ativos na promoção do uso sustentável dos recursos florestais, continua até quinta-feira (10), no mesmo local, propondo debates e diálogos para preservar a Amazônia.

A abertura do evento contou com a participação da vice-governadora eleita do Pará, Hana Ghassan , que reiterou a “alegria de participar do primeiro evento carbono neutro do Pará. Tudo que é primeiro, é pioneiro. Assim que se avança, com passos concretos”. Ela ressaltou ainda a importância do momento particular em que o evento é promovido. “Esta é uma pauta global que nos insere na COP 27 (conferência do clima) e na pauta climática mundial”, disse Hana Ghassan, acrescentando que o governador reeleito, Helder Barbalho, estará no Egito, onde ocorre a conferência mundial, contribuindo para que o Brasil seja protagonista na agenda de melhoria do clima no planeta.

O governador Helder Barbalho, por meio de mensagem de vídeo, saudou os participantes do “Floresta Pará” e destacou o importante momento para a Amazônia. Durante a mensagem, o governador frisou que o evento, liderado pelo Ideflor-Bio, “busca, a partir do carbono zero, inserir e discutir as concessões de suas florestas; discutir e valorizar a captação do crédito de carbono, a floresta em pé como ativo econômico, o saber da floresta, a valorização dos povos tradicionais, e encontrar caminhos que possam equilibrar a nossa gente, o nosso povo, tradições, cultura e o nosso ativo florestal extraordinário da maior floresta tropical do planeta”.

AMAZÔNIA NO CENTRO DO DEBATE

Barbalho desejou aos participantes que possam “usar desse momento para aprofundar, cada vez, mais as discussões e, acima de tudo, que o Pará possa liderar o protagonismo do Brasil nas discussões ambientais, na construção de um modelo sustentável, e que façam das florestas o compromisso com a agenda climática; que façam das nossas florestas o bioma que permite a biodiversidade da bioeconomia; que façam das nossas florestas e seus saberes o conhecimento, a inovação, a tecnologia, a ciência e a pesquisa”.

“Aproveitem desse momento para que esta agenda contribua com o desenvolvimento do Brasil e do Pará”, seguiu Helder. Ele ainda parabenizou pela iniciativa a presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson, e toda a equipe do Instituto.

Bengtson ressaltou na abertura que o “Floresta Pará reforça e dá visibilidade às ações, aos programas e projetos que o Governo do Pará vem desenvolvendo e implementando para a valorização do potencial do Estado frente à promoção de uma economia florestal forte, com importantes resultados à sociedade, oportunizando protagonismo ao Pará no tocante ao desenvolvimento florestal”, no cenário da Amazônia Legal.

METAS

Diante de cerca de 400 pessoas, da presidente do Tribunal de Contas do Estado, Lourdes Lima e de secretários de Estado, Karla Bengston lembrou que “o mundo está diante de grandes transformações. Sabemos que muito ainda temos que fazer, mas a certeza do nosso compromisso nos impulsiona à construção e à defesa prática deste caminho para a sustentabilidade. Nesse sentido, pensamos o ‘Floresta Pará 2022’, um evento que busca fortalecer o desenvolvimento de base florestal do Estado em suas diversas potencialidades regionais. Lançamos o desafio de ser um evento carbono neutro. Durante o evento, será realizado um inventário das fontes de emissão de carbono oriundas das atividades de montagem, realização e desmontagem, visando à sua compensação ambiental por meio de créditos de carbono certificados, gerados por um projeto ambiental apoiado. Motivada por este desafio, convido a todos, durante esses três dias, a pensarmos novas atitudes, novas ações, definir novas prioridades e viver novas experiências pautadas na sustentabilidade”.

Na cerimônia de abertura houve apresentações do grupo de dança Tribos Ballet e do espetáculo do Grupo Dançart.

REDUÇÃO DE CARBONO

O evento tem o Selo Carbono Neutro, que busca demonstrar de forma prática e simples que a sustentabilidade pode ser alcançada a partir de ações integradas. Isso significa que as emissões de dióxido de carbono (CO2) – causador do efeito estufa – que não puderem ser evitadas serão quantificadas e neutralizadas por meio de compensação ambiental, na mesma proporção em projetos geradores de créditos de carbono certificados.

Para alcançar este objetivo, durante todo o evento serão inventariadas as fontes de emissão de gases de efeito estufa relacionadas às atividades necessárias para sua realização, que inclui montagem de estandes; o deslocamento das equipes de trabalho, dos palestrantes e participantes, e a desmontagem. Isso porque as principais fontes de emissão de dióxido de carbono estão no consumo de combustíveis fósseis utilizados em geradores de energia e preparo de alimentos, energia elétrica e, principalmente, no transporte de materiais e pessoas.

Para compensar as emissões, o “Floresta Pará 2022” conta com o Selo Evento Neutro, contendo QR Code direcionado ao projeto ambiental cedente, emitido pela empresa de ações sustentáveis “Eccaplan”.

Reduzir a emissão de carbono na atmosfera é uma das metas para 2022. Imagem: Reprodução.

Karla Bengtson reforçou que a perspectiva é contribuir com o desenvolvimento e a qualificação da gestão e o uso sustentável dos bens e serviços da floresta, além de estruturar a cadeia de negócios e fortalecer a rede de prestação de serviços florestais. Também está entre os objetivos oportunizar a ampliação de modelos sustentáveis de geração de renda para comunidades, empresas e pessoas, agindo como um canal de incentivo e divulgação de estratégias que estimulem o consumo de produtos oriundos da bioeconomia, dentro e fora do Brasil.

CONVERSAS

O evento prossegue nesta quarta e quinta-feira (09 e 10), com mesas-redondas, exposições de produtos do setor florestal, de agricultores familiares e de povos e comunidades tradicionais do Pará. O espaço visa abrir diálogo com diversos segmentos sociais capazes de fortalecer modelos sustentáveis de geração de renda e ainda o consumo de produtos oriundos da bioeconomia. A exposição está no Boulevard das Feiras, Armazém 3 da Estação das Docas, e pode ser visitada das 10 às 22 h.

Haverá ainda apresentações culturais e musicais, serviços oferecidos por secretarias de Governo e visita guiada ao Parque Estadual do Utinga “Camillo Viana”.

PROGRAMAÇÃO

Temas como a floresta e os serviços ecossistêmicos; povos e comunidades tradicionais, e o potencial da bioeconomia estão na pauta de debate do primeiro dia da programação científica, que inicia na manhã desta quarta-feira, 9, as 08h30.

Nos debates estarão especialistas de várias regiões do País, abordando temas atuais relativos ao meio ambiente, voltados à construção de mecanismos que contribuam para o aumento da produtividade do setor florestal em toda a sua potencialidade, para desenvolver e qualificar a gestão e o uso dos bens e serviços da floresta de forma sustentável.

As palestras e debates prosseguem até às 18 h de quinta-feira, 10. Representantes de instituições públicas e privadas, e da sociedade civil serão agraciados com a medalha de honra do Ideflor-Bio, alusiva aos 15 anos da instituição, considerando as relevantes contribuições prestadas ao Instituto. A cerimônia de encerramento será no Teatro Maria Sylvia Nunes.

VISITAÇÃO

Para participar da visita guiada à Unidade de Conservação (UC) Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna” basta se inscrever pelo site Floresta Pará . O Ideflor-Bio vai oferecer um ônibus para o traslado até o Parque, que sairá da Estação das Docas, na quarta e quinta-feira, as 09 h. Há disponibilidade de 30 vagas.

*Com informações de Agência Pará