O multiartista, Erasmo Carlos, faleceu nesta terça-feira (22) aos 81 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro, sem causa divulgada nos meios de comunicação até a publicação desta matéria, mas já apresentava problemas de saúde desde segunda-feira (21), quando foi internado. Além de ter sido pioneiro e um grande precursor do gênero musical do rock no Brasil, fez parcerias com os maiores artistas do país, como Tim Maia, Maria Bethânia, Tim Maia, Nara Leão, Rita Lee, Jorge Ben Jor, Gilberto Gil, Gal Costa e Roberto Carlos, com quem manteve uma amizade duradoura.
Erasmo pode ser considerado um multiartista, já que viveu como cantor, compositor, ator, músico, multi-instrumentista e escritor brasileiro.
A CARREIRA DE ERASMO
Nas décadas de 1950 e 1960 Erasmo Esteves aprendeu a tocar violão com o grande ícone da música brasileira, Tim Maia e conheceu Jorge Ben Jor durante sua juventude, com quem chegou a dividir apartamento no futuro quando morou em São Paulo. Após ser agenciado por Carlos Imperial e conhecendo Roberto Carlos, utilizar “Carlos” em seu nome artístico parecia uma boa ideia e foi a virada de chave para o resto de sua carreira. O primeiro lançamento com seu pseudônimo foi a música “O Terror dos Namorados”, mas, com a chegada da bossa nova, o artista mergulhou no gênero.
Durante seus muitos anos de carreira, foram lançados 34 discos, passeando por álbuns completos, LPs e shows ao vivo gravados. Entre os estilos em que o artista pulou durante os mais de 50 anos de carreira estão o puro rock and roll, hippie, soul, rockabilly, doo wop, surf rock, country rock, pop rock, MPB e samba-rock.
CINEMA
Como o bom multiartista que sempre foi, participou de diversos filmes. O primeiro foi Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa (1970), seguido por Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora (1971), Os Machões (1972), O Cavalinho Azul (1984), Paraíso Perdido (2018) e, seu último papel foi no filme produzido pela Netflix, Modo Avião (2020), onde atuou junto com a estrela teen, Larissa Manoela.
MÚSICA
Nos últimos anos de sua vida, Erasmo produziu EPs e álbuns com gêneros diferenciados da música, entre eles: Sexo (2011), Gigante Gentil (2014), Amor é Isso (2018), Quem Foi Que Disse Que Eu Não Faço Samba… (2019) e seu último lançamento, O futuro pertence à… Jovem Guarda (2022).
Um dia antes de sua morte, Esteves ganhou sua sexta estatueta do Grammy Latino, esse sendo na categoria “Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa”, com o álbum “O Futuro Pertence À… Jovem Guarda”, desbancando os álbuns de Baco Exu do Blues, Criolo, Lagum e Juçara Marçal.
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