A Polícia Civil (PC) do Espírito Santo apresentou em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, 28, os detalhes de como agiu o adolescente de 16 anos que cometeu um atentado a tiros em duas escolas do município de Aracruz. As informações são do portal G1 Espírito Santo.
Segundo a PC, logo após matar três professoras e uma aluna, o responsável pelo crime retirou o material que vestia, foi para casa, devolveu as armas do pai, e almoçou com a família, como se nada tivesse acontecido. Após o almoço, a família toda foi para a casa de praia, em Mar Azul. Durante o caminho para a praia, o crime, que já tinha repercutido por todo o Brasil, foi comentado pelos pais dentro do veículo e o responsável “se fez de desentendido”, disse delegado André Jeretta.
Além dos mortos, outras cinco vítimas estão no hospital, destes, três deles estão em estado grave.
Ainda segundo o delegado João Francisco Filho, o responsável pelo crime confessou que planejava o atentado há aproximadamente dois anos. No momento em que saiu de casa com as armas, os pais faziam compras no supermercado.
A polícia localizou o criminoso na casa da família na praia. Inicialmente, ele negou o crime, mas confessou após a aprestação das provas. Ele alegou que planejou o ataque porque sofria bullying, mas a corporação investiga se havia relação com grupos nazistas ou com outras pessoas.
Ainda segundo a Polícia, o atirador era visto por todos como introspectivo. Ele abandonou a escola seis meses antes do atentado e fazia tratamento com psiquiatra e psicológico. O atirador vai responder por atos infracionais análogos aos crimes de homicídio e tentativa de homicídio.
O QUE O CRIMINOSO USAVA NO DIA DO CRIME?
O criminoso vestia um uniforme militar que continha uma suástica nazista, e usou duas armas, uma pistola e um revólver, que pertenciam ao pai, que é agente da policial militar. Ambas as armas estavam escondidas no quarto do pai e uma delas presa com cadeado.