A socialite e embaixadora da grife Balenciaga, Kim Kardashian, comentou pelo Twitter, no domingo (27) que ainda não havia se pronunciado porque queria conversar com o time da marca e entender o que aconteceu. Ela relatou estar “enojada e indignada” com a situação, mas que “aprecia a remoção da campanha e o pedido de desculpas” e que está reavaliando a relação com a marca.
O rapper e ex-marido de Kim, Kanye West, relatou ao TMZ no último sábado (26), enquanto saía de uma igreja messiânica, que o escândalo da Balenciaga mostra que as celebridades de Hollywood são controladas. “Eles tentaram me destruir na mídia, tentaram destruir todos meus negócios ao mesmo tempo e o mundo viu isso e ninguém falou nada… As celebridades são controladas. Você não vê as celebridades falando sobre a situação da Balenciaga, certo?”, comentou.
A POLÊMICA
A grife espanhola Balenciaga lançou sua campanha do Verão 2023, que gerou uma polêmica envolvendo incitação à pedofilia e abuso infantil. Na última semana, a marca soltou fotos da nova campanha, que mostram crianças rodeadas de objetos ligados ao BDSM (Bondage e Disciplina, Dominância e Submissão, Sadismo e Masoquismo), como correntes, tiras de couro, objetos pontiagudos e segurando bolsas em formato de ursos de pelúcia vestidos como praticantes do movimento sexual, além de outros objetos sugestivos.
Em uma das fotos publicadas, é possível ver o livro “Fire From The Sun”, de Michael Borremans, onde crianças aparecem nuas em uma espécie de ritual. Outro detalhe observado pelos internautas foi um documento da Suprema Corte dos Estados Unidos, que cita uma decisão que reverte uma parte significativa da Lei de Prevenção de Pornografia Infantil de 1996, que justifica a liberdade de expressão.
Após as críticas, a Balenciaga publicou uma nota se desculpando sobre o caso, com insinuações de que moveria ação judicial contra o fotógrafo italiano, Gabriele Galimberti, o responsável pelo ensaio fotográfico. Em seguida, a marca desmentiu envolver a justiça contra Galimberti.
“Pedimos sinceras desculpas por qualquer ofensa que nossa campanha de férias possa ter causado. Nossas sacolas de pelúcia não deveriam ter sido apresentadas com crianças nesta campanha. Removemos imediatamente a campanha de todas as plataformas.”, disse a marca.
“Pedimos desculpas por exibir documentos perturbadores em nossa campanha. Levamos este assunto muito a sério e estamos tomando medidas legais contra as partes responsáveis por criar as peças e incluir itens não aprovados para nossa sessão de fotos da campanha Spring 23. Condenamos veementemente o abuso de crianças de qualquer forma. Defendemos a segurança e o bem-estar das crianças”, acrescenta.
O fotógrafo italiano também foi atacado e lançou uma nota em redes sociais. Segundo ele, a marca foi quem fez todas as escolhas para o ensaio. “Não estou em condições de comentar as escolhas da Balenciaga, mas devo ressaltar que não tive direito, de forma alguma, nem de escolher os produtos, nem os modelos, nem a combinação dos mesmos. Como fotógrafo, me pediram apenas e exclusivamente para iluminar a cena em questão e tirar as fotos de acordo com meu estilo de assinatura”, falou.
Após todos os comentários, a Balenciaga tirou a campanha do ar e excluiu todas as publicações do Instagram, além de já ter saído do Twitter após Elon Musk comprar a plataforma.
