Nesta quarta-feira, 30, o BT recebeu denúncias acerca da atual situação do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência localizado na BR-316, no bairro da Guanabara.
Segundo alguns denunciantes, o hospital encontra-se sem materiais para realizar a troca de curativos dos pacientes. De acordo com Silvana Lobato, uma das pessoas que falou com o BT, na terça-feira (29) uma enfermeira falou para os acompanhantes presentes no local que os curativos não seriam refeitos por falta de material.
Ainda segundo Silvana, ela e a família tiveram que comprar um aparelho de sutura para que o paciente José Corrêa, primo da denunciante, pudesse realizar o procedimento necessário. Isto porque o hospital não teria material suficiente para atender a demanda de todos os pacientes presentes na unidade.
Outra reclamação foi pela falta de fraldas geriátricas hospitalares, lençóis e alguns materiais básicos de higiene como sabonete, que estão em falta no hospital. Silvana afirmou que mesmo com a família comprando o que está faltando, eles não podem usar porque a administração do hospital não permite a entrada dos itens. “Não tem fralda para os pacientes. Eles não querem deixar que entre com esses materiais, mas se não tem no hospital a gente tá se virando como pode para tentar comprar, mas eles não querem deixar entrar”, afirmou a denunciante.
Sobre a situação clínica do primo, Silvana afirmou que José Corrêa, pelo tempo internado, começou a apresentar feridas na região lombar e, por isso, precisa de um item chamado “Placa Hidrocelular”. Entretanto, ainda não conseguiram até o momento.
RESPOSTA DO HOSPITAL
Em nota, o Hospital Metropolitano negou a situação das denúncias. Confira a resposta na íntegra:
A direção do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) informa que não procedem as informações relatadas. O fornecimento de alimentação para acompanhantes está sendo feito normalmente e, mesmo com a alta demanda, o hospital efetua a troca de enxovais, priorizando áreas críticas. Quanto ao pagamento dos funcionários, os salários estão em dia.
Por conta de problemas logísticos com fornecedores da unidade, houve atraso na entrega de suprimentos programados para chegarem ontem, 29/11. O reabastecimento está previsto para hoje, 30/11. Quando há falta de algum insumo, imediatamente há a substituição por outro com o mesmo efeito, sem prejuízo ao tratamento do paciente.
Os esforços da direção da unidade têm mantido o atendimento aos pacientes, apesar do atraso no repasse do custeio mensal, ainda não realizado pela Sespa.
Em relação ao paciente citado, não há indicação clínica para uso do uso de placa hidrocelular, que é disponibilizada mediante determinação da Comissão Interna de Prevenção e Tratamento de Feridas, responsável pelas análises técnicas de cada caso.
