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Sem acordo, pilotos e comissários aprovam greve nacional; sete capitais serão afetadas

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou na quinta-feira, 15, que pilotos e comissários de voo aprovaram uma greve nacional depois de não alcançarem um acordo com as companhias aéreas . A paralisação terá início na segunda, 19. A principal reivindicação da categoria é reajuste dos salários e melhores condições de trabalho.

Greve será diariamente por duas horas, de 6h às 8h. Imagem: Reprodução.

COMO VAI FUNCIONAR A PARALISAÇÃO

De acordo com o Sindicato, os pilotos e comissários paralisarão suas atividades diariamente entre às 6h e 8h da manhã. Dessa forma, todas as decolagens iniciarão depois das 8h. A greve acontecerá nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza. A paralisação será por tempo indeterminado até que um acordo seja acertado.

Aeroporto do Rio de janeiro e outros seis serão afetados pelas paralisações. Imagem: Reprodução.

Voos com órgãos para transplante, vacinas e pessoas doentes a bordo não serão afetados, segundo a entidade.

“Desde o início das negociações as empresas não se mostraram dispostas a atender às reivindicações da categoria”, diz o comunicado, que ressalta que os preços das passagens aéreas só aumentam, e geram lucros crescentes para as empresas.

SALÁRIOS

De acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o preço das passagens aéreas chegou a aumentar 27,38% de setembro a outubro deste ano. “Os pilotos e comissários de voo do Brasil contam com a compreensão da sociedade e com o bom senso das companhias aéreas para evitar transtornos”, conclui a nota.

“Desde a primeira reunião de negociação, o SNEA assegurou todos os direitos da Convenção Coletiva e ao longo do processo negocial, se mostrou aberto ao diálogo sempre com respeito aos profissionais que fazem parte do setor aéreo”, diz o sindicato, que completa a nota afirmando que “acredita que as categorias profissionais podem defender seus interesses por todos os meios legítimos, desde que esgotada a via negocial e observada a legalidade”.

*Com informações de UOL Notícias.