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Sem Bolsonaro nos planos, veja quem já se colocou à disposição para passar a faixa presidencial para Lula

Pela primeira vez na história do Brasil e dos seus 39 presidentes, nunca ocorreu de o presidente que terminava seu mandato se recusar a realizar o ato simbólico de passar a faixa presidencial ao seu sucessor. Entretanto, é o que pode acontecer em 1° de janeiro de 2023, na posse do novo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que dará início ao seu terceiro mandato.

Pela primeira vez na história, o atual presidente não vai passar a faixa presidencial ao seu sucessor no ato da posse. Imagem: Reprodução.

Até o momento, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), não deu nenhum sinal público de que vai passar a faixa para Lula. Cabe lembrar que Bolsonaro não reconheceu a derrota nas urnas, nem parabenizou o petista depois do resultado do pleito no segundo turno, em 30 de outubro deste ano. O atual vice-presidente, Hamilton Mourão, é outro que também não irá participar do evento de posse, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Por ser um ato simbólico, a lei não obriga que a transmissão da faixa presidencial seja feita de um presidente para o sucessor. O gesto é apenas uma cordialidade que reforça o estado democrático.

Para representar a atual gestão na passagem do bastão, alguns nomes já se colocaram à disposição. São os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Arthur Lira, do partido Progressista, e Rodrigo Pacheco, do Democratas, respectivamente.

Rodrigo Pacheco (á esquerda) e Arthur Lira (á direita) se colocaram à disposição para passar a faixa presidencial a Lula. Imagem: Reprodução.

HÁ OUTRA ALTERNATIVA?

A equipe de transição de governo estuda outras possibilidades para a passagem de bastão, além da primeira possibilidade real de Pacheco ou Lira realizarem o ato de passagem do símbolo da Presidência da República.

Outra opção seria que um representante do cerimonial da Presidência da República transportasse o símbolo presidencial e o entregasse a Lula, que o vestiria na sede do Poder Executivo. Um representante da sociedade civil também é uma sugestão especulada, já que simbolizaria as diversidades de raça e de gênero da população brasileira.

Esta última opção é considerada a favorita, segundo dirigentes petistas, da futura primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, que tem organizado a cerimônia de posse de Lula e Alckmin. Uma vez que, em sua fala após a vitória, Lula prometeu que não governaria para a elite, nem para grandes empresários ou bancos.

Longe de Brasília, Bolsonaro estará em viagem nos Estados Unidos, antes da cerimônia de posse.

*Com informações de CNN Brasil.