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Agência reguladora de saúde nos Estados Unidos permite venda de abortivo no país

As farmácias de varejo terão que avaliar se devem ou não oferecer a pílula e determinar onde podem fazê-lo.

A Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de saúde nos Estado Unidos da América, permitiu que farmácias de varejo vendam pílulas abortivas em estados onde a prática é permitida. A decisão veio após a suprema corte dos EUA ter anulado o direito constitucional ao aborto, em junho do ano passado. 

Os medicamentos Mifepristona e Misoprostol, antes liberados apenas por clínicas, agora podem ser comercializados, porém apenas sob prescrição médica. As farmácias que comercializam o produto terão que estar de acordo com as normas da região, além de ter um certificado de armazenamento do medicamento e disponibilizar um formulário de consentimento às pacientes.

Segundo Julia Kaye, do Projeto de Liberdade Reprodutiva da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), a decisão de ampliamento do acesso terá repercussão positiva para as farmácias e para a população:

“Estamos satisfeitos que a FDA tenha ampliado o acesso das farmácias a este medicamento seguro e eficaz, aliviando um dos fardos desnecessários da agência sobre os pacientes que usam Mifepristona”, disse Julia.

O FDA havia alertado da mudança em dezembro de 2021, quando anunciou que reavaliaria as estratégias de avaliação e mitigação de risco sobre a pílula, que estava em vigor desde que a agência a aprovou em 2000 e foi suspensa temporariamente pelo governo em 2021, devido à pandemia.