///

MP de Contas pede bloqueio de bens de Bolsonaro, Ibaneis e Anderson Torres

A medida visa, entre outras coisas, auxiliar no pagamentos pelos danos causados pelos terroristas no último domingo (8), em Brasília.

Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu para a corte o bloqueio de bens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador afastado do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), e do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, além de outros responsáveis, sobretudo financiadores de atos ilegais.

O pedido foi assinado pelo sub-procurador geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público de Contas do TCU (MPTCU), e foi feito ao presidente do tribunal de contas do TCU, Bruno Dantas.

Furtado justifica o pedido em razão dos atos criminosos do último domingo (8), em Brasília, no qual as sedes dos Três Poderes foram atacadas por bolsonaristas.

Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Leia a íntegra do pedido feito a Bruno Dantas, presidente do TCU:

Exo. Sr. Presidente do Tribunal de Contas da União, Ministro Bruno Dantas

Em razão de processo de Tomada de Contas e do vandalismo ocorrido no Distrito Federal no dia 8 de janeiro de 2023, que provocou inúmeros prejuízos ao erário federal, solicito que seja decretada a indisponibilidade de bens dos Srs. Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República, do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, bem como do Sr. Anderson Torres, secretário de segurança do Distrito Federal exonerado, bem como de outros responsáveis, sobretudo de financiadores de mencionados atos ilegais. Aproveito a oportunidade para me colocar à disposição dessa Corte para novos pedidos de indisponibilidade. 

Fortaleza, 10 de janeiro de 2023.

O TCU continua a apurar a responsabilidade de Ibaneis e Torres. Está aberto processo de investigação para identificar os responsáveis por financiar, idealizar e executar os atos golpistas em Brasília no último domingo. Se constatada omissão por parte dos agentes públicos, eles poderão ser cobrados pelos danos provocados pelos manifestantes.