O governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalhou uma reestruturação no conselho de superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). A decisão foi divulgada na última sexta-feira, 13, quando foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Também foram exonerados diversos ocupantes de cargos do Ministério do Meio Ambiente e Mudaça do Clima, antes de a ministra Marina Silva embarcar para Davos (Suíça), onde participa do Fórum Econômico Mundial.
REORGANIZAÇÃO
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro as 26 superintendências estaduais tiveram suas posições ocupadas para aparelhar nomeações com postos estratégicos, como por exemplo a nomeação de diversos policiais para superintendências do Ibama. Foram exonerados ao todo 20 superintendentes do órgão nos estados, entre eles está o representante paraense, Rafael Angelo Juliano, que foi nomeado em 2022.
Rafael é dono de uma consultoria que presta serviços para pecuaristas e sojicultores no Pará. Após investigações foi constatado que, além de multado pelo próprio Ibama, o ex-superintendente já foi indiciado pela polícia federal e denunciado pelo Ministério Público por adquirir madeira sem licença ambiental comprovada.
O coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo, Luiz Renato Fiori, nomeado para o cargo de superintendente do Espírito Santo (ES) em 2020, também foi um dos exonerados. Luiz chegou a ser denunciado à ouvidoria da Controladoria-Geral da União (CGU), por não comparecer ao local de trabalho durante semanas.
A mudança de ocupações de postos do órgão ambiental chamou a atenção por atingir superintendências nos estados. A pauta ambiental tomou força no atual governo, após duras críticas por parte da população do país e do mundo com os descasos que aconteceram durante o governo do ex-presidente Bolsonaro.
