Ansiedade, mudança de humor, irritação, sensação de que está devendo alguma coisa. Com a queda das redes do Mark Zuckerberg, na tarde de hoje (04) muita gente está sofrendo com abstinência do whatsapp.
O WhatsApp tem mais de 2 bilhões de usuários ativos em todo o mundo e é o aplicativo de mensagens móveis mais usado do planeta. Mais de 100 bilhões de mensagens são enviadas todos os dias no WhatsApp.
Essa sensação de desespero ante a queda da plataforma tem nome, nomofobia (no-mobile-phone phobia, que em português significa medo de ficar sem telefone celular). A nomofobia vem acompanhada de sintomas como ansiedade, sensação de mal estar, perda de apetite e de sono e irritabilidade.
Segundo especialistas, o efeito do uso diário e excessivo no organismo do indivíduo é equivalente ao consumo de uma droga como nicotina ou álcool. Com a suspensão do uso, o resultado, consequentemente, é de uma abstinência.
Entenda aqui como o uso do whatsapp e outras redes sociais atuam no seu organismo:
Fase 01: O estímulo
Um novo estímulo que o organismo aprende a lidar, descobrindo novas dinâmicas e funcionalidades
Fase 02: Recompensa
Se o uso da ferramenta passa a dar prazer ou comodidade, o cérebro aumenta a liberação de um neurotransmissor importantíssimo, a dopamina
Fase 03: Círculo vicioso
Como tem uma recompensa, o cérebro começa a criar um circuito: quanto maior é o uso, mais o cérebro libera dopamina. Por isso, a pessoa acaba aumentando a atividade online.
Fase 04: Abstinência
Quando o corpo para de receber o estímulo, o cérebro aumenta a liberação de uma outra substância, chamada noradrenalina, e este é um hormônio que causa ansiedade, como pressão alta, taquicardia e inquietação.
Se você está tendo essas sensações, talvez seja um bom momento para parar e refletir sobre a superdependência dos aplicativos de conversa. A psicóloga, Roberta Rios, indica que para esses casos de abstinência, as pessoas iniciem um exercício de respiração, para ajudar no controle dos estímulos nervosos e batimentos cardíacos. “Além de outras atividades, como, atividade física, ver pessoas pessoalmente, ler um livro, sempre buscando maneiras aliviar esse desconforto”, afirma Roberta.