O novo álbum do Mestre Damasceno chamado “Búfalo-Bumbá”, que reafirma a cultura marajoara, está oficialmente disponível nas plataformas de streaming a partir desta sexta-feira, 20. O projeto musical foi produzido e gravado em Salvaterra, na ilha do Marajó e faz parte da produção de um documentário sobre os costumes locais.
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O produtor do álbum, Léo Chermont, comentou que o disco teve foco em representar os moradores da ilha e comentou o envolvimento dos músicos locais : “A representatividade do povo marajoara é vivida a todo momento, porque ele foi um disco gravado no marajó, feito pela banda dos nativos marajoaras. É um disco totalmente produzido neste local”, disse.
A obra também presta homenagem ao mestre Damasceno e ao momento em que sua carreira está. O cantor cego é repentista, compositor de sambas, fazedor de rimas, poeta, pescador, artesão, além de ser um dos maiores nomes da música marajoara e paraense.
Léo compartilhou a experiência de trazer o cantor para uma produção fora do ao vivo: “Ele (Damasceno) é um disco que a gente levou para um lugar que ele nunca tinha ido, que era fazer músicas mais produzidas do que as tocadas ao vivo então esse disco tem o carinho e cuidado de tirar o melhor proveito da sonoridade dele”, disse o produtor.
O compositor é uma das personalidades que vai representar o tema e samba-enredo da Escola de Samba Paraíso da Tuiuti. Damasceno estará na Marquês de Sapucaí durante o desfile no dia 20 de fevereiro.
Já o documentário chamado “O Boi-bumbá de Salvaterra e suas Comunidades Quilombolas”, produzido junto ao disco, terá estreia neste sábado, 21, no Espaço Cultural Encanto Tayná, às 19 horas, para a comunidade de Salvaterra. A exibição terá direito à pipoca e telão para os espectadores.
O documentário traz o Mestre Damasceno para guiar o público até outros Mestres, Amos e Madrinhas de Bois-Bumbás de Salvaterra, no Marajó.