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Dados atualizados de desmatamento na Amazônia revelam aumento de 150% no governo Bolsonaro 

Média atualizada mostra destruição sem precedentes

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) atualizou dados sobre o desmatamento na última quinta-feira, 18, quando o estudo feito com a ajuda de satélite apontou um novo número. Segundo as informações o desmatamento bateu o quinto recorde seguido em 2022 e cresceu para 150%.

A floresta amazônica teve cerca de 10.573 quilômetros quadrados de área derrubada, ou seja, foram perdidos em média quase 3 mil campos de futebol por dia no último ano apenas em 2022. Entre 2019 e 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a área derrubada atingiu o total de  35.193 quilômetros quadrados, equivalente a um aumento de 150 %, ao comparar com os quatro anos de governo anterior ao de Bolsonaro.

Governo Bolsonaro deixa herança de desmatamento. Foto: Christian Braga/Greenpeace

Entre as áreas desmatadas no ano de 2022, 80% pertencem ao governo federal e apenas 11% do desflorestamento ocorreu em terras estaduais, porém  foi onde houve o maior crescimento de destruição de um ano para o outro.

Em nota divulgada pelo Instituto Imazon, Bianca Santos, pesquisadora, comentou que o novo governo entende a situação florestal atual e pretende dar prioridade para o problema: “Esperamos que esse tenha sido o último recorde de desmatamento reportado pelo nosso sistema de monitoramento por satélites, já que o novo governo tem prometido dar prioridade à proteção da Amazônia”, disse Bianca.

Embora com uma margem de diferença, os dados do Imazon são compatíveis com os do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados no início de janeiro. Segundo o Imazon, a derrubada cresceu 105% em relação ao mesmo mês de 2021, deixando um legado de destruição para o atual governo.