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‘Homossexualidade não é crime, mas é pecado’, diz Papa Francisco em entrevista

O líder religioso se manifestou para que haja uma distinção entre crime e pecado

Durante entrevista dada nesta quarta-feira, 24, à agência de notícias Associated Press, o Papa Francisco se manifestou contra as leis que criminalizam pessoas homossexuais e as julgam como pecadoras. Entretanto, o líder religioso assumiu que os bispos católicos ao redor do mundo apoiam a criminalização da homossexualidade.

Enquanto era entrevistado, Francisco disse que deveria haver uma distinção entre pecado e crime sobre a questão: “Ser homossexual não é crime. Não é crime, mas é pecado. Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir entre um pecado e um crime”, disse o papa.

O Papa ainda caracterizou as leis que atuam dessa forma como “injustas” e que a Igreja católica deve se mover para pôr fim à prática. Francisco afirmou que os homossexuais não devem ser discriminados ou marginalizados citando o catecismo da igreja católica: “Somos todos filhos de Deus, e Deus ama-nos como somos e pela força que cada um de nós luta pela nossa dignidade”, disse Francisco.

O religioso foi duramente criticado em 2021, quando aprovou um decreto proibindo a união de pessoas do mesmo sexo. O documento afirma que a união, por mais que representem algo verdadeiro, não são honestas segundo a Igreja católica: “A presença, em tais relações, de elementos positivos, que em si são dignos de ser apreciados e valorizados, não é porém capaz de torná-las honestas e, assim, um destinatário legítimo da bênção eclesial, pois tais elementos se encontram a serviço de uma união não ordenada ao desígnio do Criador”, diz um trecho do documento.